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Placar da CPI dá força a um gesto de pressão sobre Augusto Aras

Ao votar unido, G7 evidencia fiasco do Planalto na comissão e agora eleva pressão sobre o procurador-geral para evitar engavetamento

Por Clarissa Oliveira Atualizado em 27 out 2021, 08h51 - Publicado em 26 out 2021, 21h21

Nesta quarta-feira, às 10h30, o presidente da CPI da Pandemia, Omar Aziz (PSD-AM), baterá à porta do procurador-geral Augusto Aras, para entregar o relatório final da comissão. A visita não terá nada de cortesia. Será um gesto firme de pressão, que ficou evidente nos discursos da sessão final do colegiado, na noite de ontem.

O placar de 7 a 4 na votação do relatório coroa o fiasco do governo na CPI. Só sobraram a favor do Planalto os votos da sua mais fiel tropa de choque. Quem acompanhou lá atrás a instalação da comissão lembra sem dificuldade de como os ministros mais próximos do presidente menosprezavam totalmente o que estava por vir.

Na época, os aliados do presidente falavam mais uma CPI da pizza e previam que o colegiado se tornaria um palco sem plateia para o senador Renan Calheiros (MDB-AL) na relatoria. Embora não escondessem o incômodo com a escolha do relator, os governistas diziam ver “grandes chances” de reterem os votos dos chamados “independentes”.

Eram citados com frequência nomes como o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), e o colega Otto Alencar (PSD-BA). O argumento era que o PSD tinha “ótima relação” com o Planalto, suficiente para contornar o fato de as bases eleitorais desses senadores terem sido bastante afetadas pela Covid.

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Ninguém duvida que faltou termômetro para o governo. Mas a questão agora é se Augusto Aras vai saber medir a temperatura corretamente. O recado dos senadores foi claro: não existe o mínimo espaço para engavetamento. Caso contrário, a solução será uma ação penal subsidiária. Isso, por si só, seria um constrangimento para a PGR.

Aras fez circular entre os senadores que poderia analisar o relatório dentro de um prazo de 30 dias. Mas, como era de se imaginar, os primeiros passos do procurador-geral apontam na direção de ganhar tempo e esperar a poeira baixar. O que, naturalmente, enfraquece os desdobramentos do trabalho da comissão como um todo.

Um exemplo disso é a informação, noticiada pelo jornal O Globo, de que o relatório final da CPI será remetido, num primeiro momento, a um órgão interno da PGR para uma análise prévia. Trata-se do Gabinete Integrado Covid-19 (Giac). O argumento é que o órgão saberia avaliar quais pontos do relatório já são tema de investigações em andamento. Um claro gesto no sentido de fatiar as denúncias.

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