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Por Mariana Barros
A cada mês, cinco milhões de pessoas trocam o campo pelo asfalto. Ao final do século seremos a única espécie totalmente urbana do planeta. Conheça aqui os desafios dessa histórica transformação.
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Grupo de urbanistas revela efeitos do “raio pedestrizador”, cada vez mais usado mundo afora

Galeria de imagens do Urb-i mostra como pistas para carros passam a ser usadas por pessoas. Fechamento da Av. Paulista aos domingos reflete tendência, mas divide opiniões

Por Mariana Barros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 jul 2020, 00h09 - Publicado em 9 nov 2015, 14h50
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Pistas de automóveis convertidas em espaços para pedestres em Seul, na Coreia do Sul (Imagens Urb-i)

De 2007 para cá, cidades do mundo todo parecem ter sido atingidas por um “raio pedestrizador”. É o que mostra a galeria de imagens criada pelo Urb-i, um grupo de jovens urbanistas baseado em São Paulo. Com quase 500 contrastes entre antes e depois, o acervo revela a transformação de cidades de diversos países em que pistas para carros se tornaram áreas de lazer, de passagem de pedestres ou para atividade física. Esse tipo de iniciativa contribui para a criação de espaços púbicos de qualidade, que propiciam a convivência e melhoram a qualidade do ar. Ajudam também a aliviar o trânsito ao incentivar a população a deixar o carro em casa para se deslocar a pé, de bicicleta ou por transporte público.

“Usamos o Google Street-View para mostrar as transformações urbanas que foram bem sucedidas em valorizar a experiência do pedestre”, afirma Roberto Gentilezza, um dos integrantes do Urb-i. Economista pela USP, ele estudou Urban Design for Environmental Cities em Berkeley (EUA) e Planejamento e Gestão Urbana na USP. Segundo ele, o objetivo do Urb-i é gerar consciência geral sobre os espaços públicos, inspirar transformações e ajudar a implantar e dar visibilidade a elas.

No Brasil, fechar vias construídas para automóveis e convertê-las em áreas para caminhar é algo que divide opiniões. Em São Paulo, a decisão do prefeito Fernando Haddad proibir a circulação de carros na Avenida Paulista aos domingos tem 47% dos entrevistados favoráveis e 43% contrários, segundo pesquisa Datafolha divulgada em 2 de novembro.

O apoio é maior entre os jovens. Na faixa entre 16 e 24 anos, 57% são favoráveis ao fechamento para os carros; na faixa entre 25 e 34, o apoio é de 56%; na faixa entre 35 e 44 anos, são 50% de opiniões favoráveis. O índice cai para 41% na faixa entre 45 e 59 anos e para 27% no grupo acima de 60 anos. Além da Paulista, Haddad planeja fechar outras vias da cidade para os carros nos finais de semana.

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Uma solução presente em várias cidades do mundo e retratada na galeria de imagens do Urb-i são as praças para pedestres permanentes, onde carros não entram e o paisagismo desempenha papel importante. Outra possibilidade interessante são as “naked streets”, ou ruas nuas, compartilhadas ao mesmo tempo por carros, pedestres e bicicletas. Indicadas para locais com menor fluxo, seu ritmo passa a ser ditado pelo dos pedestes, o que faz com que todos os demais se locomovam mais devagar. A simples melhoria de calçadas já traz grandes impactos, tanto no visual quanto ao uso dos espaços.

Todas elas são medidas com potencial de revelar novas vocações e dar fôlego a pequenos empresários e comerciantes cuja clientela se locomova a pé. Também são fundamentais para a saúde da população, pois incentivam a atividade física. Mais da metade dos brasileiros está acima do peso e um em cada cinco é obeso. Por todas essas razões, o mais provável é que, apesar de polêmico, o “raio pedestrizador” seja uma tendência em expansão, inclusive no Brasil.

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A CAMPANHA CALÇADA VIVA CONTINUA: Se você encontrou problemas nas calçada da sua cidade, denuncie publicando fotos com a marcação #calçadavivaou usando o aplicativo precisamelhorar.com. Prefeituras das cidades participantes serão notificadas e cobradas por resultados.

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Por Mariana Barros

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