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Por Mariana Barros
A cada mês, cinco milhões de pessoas trocam o campo pelo asfalto. Ao final do século seremos a única espécie totalmente urbana do planeta. Conheça aqui os desafios dessa histórica transformação.
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Documentário sobre como São Paulo se esqueceu de seus rios dá pistas sobre a crise hídrica enfrentada pela cidade

Se a crise hídrica pela qual passa São Paulo tem algum ponto positivo, é o de estimular a discussão de propostas e reflexões sobre o abastecimento das grandes metrópoles. Os rios, que sempre estiveram na origem da formação das cidades, passaram a ser vistos nas últimas décadas como obstáculos ao progresso urbano. Aqueles que permaneceram […]

Por Mariana Barros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 jul 2020, 02h48 - Publicado em 22 out 2014, 21h08

Se a crise hídrica pela qual passa São Paulo tem algum ponto positivo, é o de estimular a discussão de propostas e reflexões sobre o abastecimento das grandes metrópoles. Os rios, que sempre estiveram na origem da formação das cidades, passaram a ser vistos nas últimas décadas como obstáculos ao progresso urbano. Aqueles que permaneceram correndo a céu aberto tornaram-se depósito de lixo. Os demais, soterrados sob ruas e avenidas, acabaram esquecidos. Assim, o que colhemos hoje é, em grande parte, o que foi plantado há anos. Com rios e córregos poluídos e/ou escondidos, é difícil para o cidadão comum estabelecer algum vínculo com essas águas, o que por sua vez acelera o processo de deterioração, num ciclo destrutivo. A temática está presente no documentário Entre Rios, sobre como os rios paulistanos que conduziram o surgimento da cidade acabaram destruídos por ela. A duração é de 25 minutos, assista abaixo:

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O cineasta de Caio Ferraz Silva, que dirige o documentário, é um dos participantes do evento “O desenvolvimento da cidade de São Paulo e a crise da água”, que acontece amanhã em São Paulo. Organizado pela GO Associados, consultoria do economista e presidente da Sabesp entre 2007 e 2010 Gesner Oliveira, o encontro relembrará as raízes do atual problema da falta d´água, além de apontar soluções. Em conversa com o blog, Oliveira enumerou algumas saídas possíveis para a crise atual.

– Reduzir o desperdício na rede de distribuição. O Brasil perde, em média, 37% da água pronta para o consumo humano que escoa em vazamentos subterrâneos ou mesmo superficiais, no meio da rua. Combater essas perdas significa diminuir a necessidade de captação de água.

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– Reciclar o que é utilizado, prática também conhecida como reúso, é uma boa tática para os grandes centros urbanos, especialmente os que sofrem com secas. Em Israel, a falta de chuvas fez com que se investisse em programas de reúso a tal ponto que hoje até mesmo o esgoto pode ser transformado em água pronta para beber. Se essa ideia é capaz de revirar alguns estômagos por aí, dá para começar com uma medida menos radical, como usar a água que não passou por todos os processos de tratamento para lavar ruas e veículos, por exemplo.

– Ampliar a rede de esgoto até cobrir todos os domicílios urbanos. A medida evitaria que a água limpa acabasse contaminada pela sujeira despejada de improviso.

– Acabar com o descarte industrial de substâncias químicas na água. Sua carga poluidora é até sete vezes maior que a lançada por domicílios e o volume despejado representa 30% de tudo o que é despejado irregularmente. Cabe ao DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) ser mais rigoroso na concessão de licenças e na fiscalização.

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Dúvidas e outras ideias podem ser discutidas amanhã, quinta-feira (23), das 18h às 19h30, em São Paulo (na Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2081 conjunto 32). Também dá para acompanhar e fazer perguntas via conference call, pelo telefone (11) 2188-0155.

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