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Por André Sollitto e Ricardo Amorim
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Nova associação vai defender a indústria do cânhamo na América Latina

Presidida por um brasileiro, entidade quer regulamentações favoráveis para impulsionar um segmento que deve movimentar 26 bilhões de dólares em 2025

Por Ricardo Amorim Atualizado em 30 jul 2020, 18h55 - Publicado em 22 Maio 2020, 16h08

Foi lançada nessa semana, em esquema de soft opening, a Associção Latino Americana de Cânhamo Industrial (LAIHA, na sigla em inglês). Segundo o site da entidade, seu objetivo é fomentar a adoção de políticas capazes alavancar a sustentabilidade da planta do cânhamo, criando uma economia de valor agregado com base em pesquisas científicas. A ideia me parece bastante oportuna diante do potencial da região para incluir mais esse promissor produto agrícola em sua pauta de exportações. Segundo relatório da ReportLinker, o mercado global de cânhamo industrial deve movimentar 26,6 bilhões de dólares em 2025, contra os 4,6 bilhões de 2019, com um crescimento anual composto (CAGR) de 34% no período.

A iniciativa nasceu a partir dos contatos do agrônomo brasileiro Lorenzo Rolim, que atua há alguns anos no segmento, com a entidade que representa a indústria do cânhamo na Europa (EIHA – European Industrial Hemp Association). Após alinhamento com profissionais da Colômbia, Paraguai e Uruguai, surgiu a ideia de criar uma entidade análoga na América Latina. “A Associação Latino Americana de Cânhamo Industrial (LAIHA) foi criada para ser a voz unificada da indústria na região, a fim de promover as atividades relacionadas e potencializar os benefícios trazidos pelo cultivo do cânhamo. Nossos objetivos são auxiliar os governos locais a criar regulamentações sensíveis as atividades da indústria e que promovam a cooperação entre os países da região. Além disso vamos conectar o cânhamo industrial a vários outros setores que são potências na região, como o agronegócio, a indústria de papel e celulose, a indústria têxtil, biocombustíveis e muito mais”, afirmou Rolim, agora presidente da LAIHA.

Convidado para integrar a comissão da saúde da associação, o neurocientista e farmacologista brasileiro Fabricio Pamplona, está entusiasmado com a oportunidade. “A criação de uma associação do cânhamo na América Latina é um passo importante para o reconhecimento dos benefícios que essa cultura pode trazer ao nosso continente. Em muitos lugares o cânhamo nem sequer foi proibido. Por aqui, há agora um enorme trabalho de reconstrução a ser feito, enfatizando o impacto tanto para o agronegócio quanto em relação aos benefícios dessa planta como alimento e como origem de substâncias terapêuticas”, afirmou ao Cannabiz. Nos Estados Unidos, por exemplo, essa variedade não-psicoativa da cannabis foi totalmente legalizada no âmbito da nova Farm Bill, legislação agrícola aprovada 2018. Entre as principais aplicações do cânhamo estão a obtenção de fibras têxteis, fabricação de materiais para a construção civil, biocombustíveis e, claro, medicamentos à base de canabidiol (CBD). Atualmente, a China é a maior produtora global da erva.

Para iniciar seus trabalhos, a LAIHA escolheu seis prioridades: unir a cadeia de fornecimento do cânhamo industrial na América Latina; promover a adoção de altos padrões de qualidade na indústria; apoiar pesquisas científicas para o processamento do cânhamo; auxiliar no desenvolvimento de regulamentações adequadas; estimular o empreendedorismo no setor; e estabelecer parcerias de longo prazo ao redor do mundo. Este Cannabiz espera que a ideia prospere e ajude no crescimento de uma indústria que seja capaz de contribuir com a geração de riquezas e criação de empregos em toda a região e, particularmente, no Brasil.

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