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Por André Sollitto e Ricardo Amorim
Novidades e reflexões sobre o mercado da cannabis legal, no Brasil e no mundo
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Como o novo coronavírus afeta a indústria da ‘Cannabis’

Acesso a investimento será ainda mais restrito com a crise atingindo em cheio o mercado financeiro

Por Ricardo Amorim Atualizado em 30 jul 2020, 19h06 - Publicado em 13 mar 2020, 15h08

Não pude evitar, é impossível fugir do tema do momento: a pandemia de Covid-19. O novo coronavírus se alastrou pelo mundo, provocando mortes, sobrecarga nos sistemas de saúde, quarentenas, caos nos mercados financeiros e pânico na população. Diante de um evento com tantas repercussões em escala global, resta evidente que a indústria da Cannabis também será impactada, ainda que de forma colateral.

O principal efeito será o agravamento da escassez de crédito e investimentos para o setor. Com as baixas históricas nos mercados tradicionais, é pouco provável que os investidores demonstrem apetite para um segmento alternativo, de altíssimo risco, com poucas oportunidades atraentes e retorno apenas de longo prazo. Assim, quem já estava longe não quer nem ouvir falar disso agora e, quem tinha dúvidas, está mais preocupado com outras coisas. O choque nas finanças globais adiciona ainda mais dificuldades a um cenário já deteriorado. Nas 10 primeiras semanas de 2020, o volume levantado em investimentos e atividades de fusões e aquisições (M&A) foi de apenas 8 milhões de dólares, contra 2,1 bilhões em 2019, segundo dados da Viridian Capital Advisors, que monitora essas transações no mercado da Cannabis legal. Ainda que os números do ano passado tenham sido inflados pelo investimento da tabaqueira Altria (dona do Marlboro nos EUA) no Cronos Group, analistas concordam que o ambiente agora está muito mais hostil para os ativos ligados à erva. O novo coronavírus piora a situação.

Alguns varejistas da California, no entanto, registraram aumento das vendas nos últimos dias, movimento atribuído ao receio de que a epidemia obrigue as lojas a fechar. “As pessoas estão fazendo estoque”, disse Steve Lilak, diretor de vendas da NUG, ao The Hollywood Reporter. “Alguns clientes estão comprando de três a quatro vezes mais do que compram regularmente”, acrescentou. Ou seja, trata-se de um comportamento transitório e provavelmente de curta duração, similar à corrida em busca de álcool-gel e máscaras faciais.

Do ponto de vista médico, a Cannabis não parece ter nenhum efeito especial sobre os sintomas da Covid-19. Ao contrário, é recomendado aos pacientes que a consomem em forma de vapor ou inalação de fumaça que interrompam o tratamento ou passem a utilizar outros meios de administração, como óleos ou comprimidos. É impossível prever até onde vai o abalo provocado pela pandemia, mas é certo que a indústria da cannabis vai sofrer bastante, como, aliás, todas as outras, sempre sujeitas aos humores do mercado e ao comportamento dos consumidores.

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