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Por Leandro Narloch
Uma visão politicamente incorreta da história, ciência e economia
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Trump ou Dilma? De quem são estas propostas econômicas?

A petista e o republicano parecem estar em lados opostos do espectro político. Mas têm as mesmas ideias para a economia

Por Leandro Narloch
Atualizado em 30 jul 2020, 22h15 - Publicado em 20 jul 2016, 13h53

– Proteger a indústria nacional aumentando em pelo menos 30% o imposto sobre produtos importados do México e da China.

– Desonerar a indústria, reduzindo a cobrança de impostos, mas sem cortar gastos sociais.

– Estabelecer uma cota mínima de peças nacionais para produtos fabricados no Brasil.

– Barrar acordos de livre-comércio com as grandes potências.

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Brasileiros que simpatizam com o PT não costumam gostar de Donald Trump, o candidato da direita americana. Mas deveriam. Pois diversas propostas econômicas de Trump, como as quatro acima, parecem ter sido inspiradas na política econômica do segundo mandato de Lula e do primeiro de Dilma.

Em 2011, Dilma aumentou em 30 pontos percentuais a alíquota do IPI sobre carros importados, com o objetivo de atrair empresas e criar empregos em seu país. Carros fabricados no México, Coreia do Sul e China foram os que mais encareceram por causa da nova alíquota. Com o mesmo objetivo protecionista, Trump quer implantar uma alíquota de importação de 35% sobre carros fabricados no México e na China. Seguindo a obsessão de economistas da Unicamp, ele quer retomar a industrialização dos EUA porque acredita que assim preservará empregos.

Durante os governos do PT, o Brasil ficou de fora dos principais acordos de livre-comércio. É exatamente o quer Donald Trump. “A globalização enriqueceu a elite financeira que faz doações aos políticos”, diz ele, numa frase que caberia muito bem na boca de um economista do PT. “Mas deixou milhões de trabalhadores sem nada a não ser pobreza e dor de cabeça.”

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Trump quer estabelecer cotas de conteúdo local para empresas como a Apple; Lula, em 2010, estabeleceu cotas de conteúdo local para a Petrobras.

O americano também promete reduzir impostos (cerca de 10 trilhões de dólares) sem cortar gastos sociais. As desonerações de Dilma custarão, de 2011 a 2018, R$ 458 bilhões – e são uma das causas do rombo atual das contas públicas. Segundo a Tax Foundation, o corte de impostos sem corte de gastos levaria às mesmas consequências nos Estados Unidos. Os títulos da dívida americana perderiam confiança, aumentando o gasto com juros e criando uma crise fiscal nos Estados Unidos.

Se Dilma for realmente afastada da presidência pelo Senado, já sabe onde procurar emprego. Pode trabalhar como conselheira econômica de Donald Trump.

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@lnarloch

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