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Por Leandro Narloch
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O jornalista que fez a Anvisa acordar

Por Leandro Narloch
Atualizado em 31 jul 2020, 02h20 - Publicado em 14 jan 2015, 12h36

brasília

 

A decisão da Anvisa de liberar a importação do canabidiol significa a vitória de uma campanha que começou há um ano por iniciativa de uma única pessoa, o jornalista Tarso Araújo.

Em janeiro do ano passado, ao escrever uma reportagem para a revista Superinteressante sobre a maconha medicinal, Tarso descobriu famílias que, para evitar crises de convulsão dos filhos, precisavam traficar o CBD, remédio à base de canabidiol.

Comovido pela situação das famílias, Tarso decidiu se mexer. Aliou-se a amigos da produtora 3Filmgroup e montou pequenos filmes sobre o problema.

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Os filmes deixam evidente como a burocracia atrapalha a vida dos brasileiros. No primeiro deles, exibido pelo Fantástico, uma das mães, Katiele Fisher, caminha com a filha doente pela Esplanada dos Ministérios. “O desespero de ver a filha convulsionando todos os dias é tão grande que nós resolvemos trazer o remédio da forma que fosse necessário, mesmo que fosse traficando”, diz Katiele. “E foi o que a gente fez. A palavra é essa: traficar.”

Em março, Tarso Araújo lançou a campanha Repense, de legalização da maconha medicinal, e acabou se tornando porta-voz de dezenas de famílias impedidas pela Anvisa de adquirir o CBD. E os filmes renderam o longa metragem Ilegal, lançado nos cinemas em outubro. Dois meses depois, o Conselho Federal de Medicina liberou os médicos a dar receitas do remédio.

Tarso é um dos meus grandes amigos. Em maio, na primeira reunião da Anvisa sobre o assunto, ele estava contrariado com a recusa do governo de liberar a importação do remédio apesar de tantos argumentos favoráveis. “Fica tranquilo”, eu disse a ele. “O governo não toma decisões polêmicas em ano eleitoral. Depois das eleições, vão liberar.”

A campanha ainda está no começo – o objetivo é uma liberação ampla de todos os remédios à base de maconha. Mas já tem muito a ensinar a outros ativistas – entre eles, os liberais. Em vez de exalar ódio e fazer inimigos no Facebook, é mais frutífero procurar emocionar as pessoas mostrando como as intromissões do estado prejudicam os cidadãos.

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