Coronel deve lançar candidatura avulsa para PSD ter vaga na Mesa Diretora
Com isso, o parlamentar libera o partido para negociar com outros postulantes à presidência. Na Casa, o vitorioso negocia os cargos e exclui os adversários
Para o seu partido não ficar fora da Mesa Diretora e das principais comissões, o senador eleito Angelo Coronel (PSD-BA) avalia lançar candidatura avulsa à presidência do Senado. Desta maneira, libera a sua sigla para negociar com outros postulantes. Na Casa, o vitorioso negocia os cargos e exclui os adversários. Em 2015, o PSDB patrocinou a candidatura de Luiz Henrique (MDB) contra Renan Calheiros (MDB) e ficou fora dos principais postos do Senado.
Além de Coronel, outros setes candidatos disputam o comando do Senado. Em Brasília nesta semana, o senador tem se reunido com os adversários. Nesta quarta-feira (10), se encontrou com Renan, que é apontado como favorito para ficar com a presidência. Ambos pediram apoio um a outro e mantiveram suas candidaturas.
Tanto Renan quanto Coronel ainda não são unanimidade dentro dos próprios partido. No MDB, a senadora Simone Tebet também quer ser candidata, e a legenda marcou para o dia 28 de janeiro para definir como irá se comportar no pleito interno. Já, no PSD, além de Coronel, Sérgio Petecão é outro que manifesta o interesse de competir pelo cargo. Líder do PSD, Otto Alencar diz que a sigla se reúne no dia 29 para traçar a estratégia na eleição. Para ele, é possível encontrar um nome de consenso no Senado nos últimos minutos.
Coronel tem dito que oficializará a candidatura depois que conversar com todos os senadores. Ele estima já ter se reunido com mais de 60 parlamentares.
Por enquanto, só os senadores baianos Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PSD) declaram voto aberto a ele, com argumento de Coronel ser integrante da bancada da Bahia. O petista, no entanto, fez uma ressalva nesta semana de que Renan Calheiros e Tasso Jereissati (PSDB) têm “mais experiência e envergadura” para presidir o Senado, em entrevista à rádio Metrópole.