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Vozes D’África e outras cinco notas de Carlos Brickmann

Publicado na Coluna de Carlos Brickmann O ex-ministro da Educação reclama, o atual ministro da Educação reclama, mas os responsáveis pela preponderância da História da África e do Brasil no Currículo Básico Nacional, quase eliminando a História da Grécia, de Roma, da Europa e dos países americanos, têm toda a razão. Como podemos ver hoje […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 00h07 - Publicado em 12 nov 2015, 15h35

Publicado na Coluna de Carlos Brickmann

O ex-ministro da Educação reclama, o atual ministro da Educação reclama, mas os responsáveis pela preponderância da História da África e do Brasil no Currículo Básico Nacional, quase eliminando a História da Grécia, de Roma, da Europa e dos países americanos, têm toda a razão. Como podemos ver hoje com muita clareza, a História da África tem tudo a ver com o Brasil ─ não pela contribuição africana à cultura brasileira, não pela mão de obra africana que foi escravizada e ajudou a construir a nossa nação, não pela saudável mistura étnica; mas pelos costumes dos ditadores milionários que enriquecem na África e, saibamos, exercem desmedida influência sobre o que ocorre hoje no Brasil.

É na África que há petróleo em abundância, boa parte dele subordinada aos ditadores; é na África que há diamantes. São africanos os governos quase eternos cuja dívida com o Brasil foi perdoada. É na África que surgem figuras como a filha do presidente de Angola, que certamente devido à sua competência empresarial, se transformou numa pessoa muito rica ─ uma espécie, digamos, de Serena Williams do mundo dos negócios. É da África que veio aquele filho de ditador que patrocinou uma escola de samba para desfilar em sua homenagem.

África e Brasil, tudo a ver. Dizem as lendas que países africanos servem de escala e refúgio para fortunas mal ganhas no Brasil, e de lá seguem para a Europa ─ Portugal, talvez. Há quem diga que estudando bem a África descobriremos o que ocorre no Brasil. Como na época da colonização, África, Brasil e Portugal.

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Calma no Brasil

A greve dos caminhões é preocupante para o governo: embora não tenha paralisado o país, incomoda e muito, e pode eventualmente ganhar corpo, embora seja comandada por uma entidade que só existe virtualmente, o Comando Nacional do Transporte. Mas não é o caso, mesmo para os mais radicais adversários do governo, de festejá-la. Os grevistas pedem a renúncia de Dilma Rousseff, e nisso concordam com boa parte dos adversários do petismo; mas o restante que pedem exige mais, e não menos, intervenção do governo na economia. Aumento do valor do frete, redução dos preços do diesel e menos impostos são medidas que dependem do governo.

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Os liberais que combatem Dilma, que é que acham?

 

Ação militar, 1955

Hoje faz 60 anos que o Exército, comandado pelos generais Odylio Denys, Falconière da Cunha e Teixeira Lott, depôs o presidente da Câmara, Carlos Luz, que ocupava a Presidência da República enquanto o presidente Café Filho estava hospitalizado. Os generais que depuseram Luz alegaram que o presidente em exercício tramava contra a posse do presidente eleito Juscelino Kubitschek (o que, a propósito, era verdade). E por isso alegaram que não deram um golpe, mas um contragolpe preventivo. O general Lott chamou a deposição de “retorno aos quadros institucionais vigentes” ─ frase notável, quase dilmesca, já que se os quadros estavam vigentes não era preciso voltar a eles. Juscelino tomou posse, pacificou o país, anistiou os adversários e foi um dos grandes presidentes do Brasil.

 

O palestrante invisível

Pois é: em plena Era da Informação, em que uma pessoa faz questão de postar a imagem do pãozinho que comeu de manhã, não há registro no YouTube nem no Facebook de nenhuma das nove palestras que o ex-presidente Lula proferiu a pedido da Odebrecht, e pelas quais recebeu R$ 3,9 milhões de reais. Lula é um homem feliz: palestrou para as únicas pessoas do mundo que não registraram sua proximidade com um ícone internacional, não fizeram selfies, nada divulgaram.

 

As contas visíveis

Lula disse que recebeu, nos quatro anos após deixar a presidência, R$ 27 milhões de entidades e empresas, para fazer palestras nos mais diversos países. Justo: Lula é uma atração internacional e sua palavra é sempre bem recebida. Mas façamos as contas: com o dólar a R$ 2,20, média do período, recebeu o equivalente a US$ 12,2 milhões, ou pouco mais de US$ 3 milhões por ano, ou US$ 8.400 por dia, ou US$ 350 por hora ─ 24 horas por dia, dormindo ou acordado. A conta é do ótimo portal jurídico Espaço Vital, https://www.espacovital.com.br. A propósito, as apreciadas e concorridas palestras também não foram encontradas.

Se um dos filhos é o Ronaldinho dos Negócios, o pai é o Pelé das Palestras.

 

Pague a maquiagem

Nada de cortar despesas, nem de aumentar a eficiência, nem mesmo de aplicar as medidas de economia já anunciadas (os três mil funcionários contratados sem concurso e oficialmente demitidos continuam no lugar de sempre, recebendo como sempre). Quando o governo vai mal, a solução é outra: torrar o nosso dinheiro em propaganda. Desta vez, serão R$ 56 milhões para dizer que é preciso superar as dificuldades e unir o país em torno dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio).

O slogan é “Somos todos Brasil” ─ equivalente olímpico ao “É Tóis” da presidente Dilma, pouco antes dos 7×1. Segundo a propaganda, “somos um time de 200 milhões”. O Brasil não para de crescer: na época da ditadura, o general-presidente Emílio Médici cantava com a torcida o “90 Milhões em Ação”, tema da Seleção na Copa do México. Os R$ 56 milhões devem ser gastos em 15 dias.

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