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“Vão botar a mãe no meio” e outras notas de Carlos Brickmann

Campanha é para quem tem casca dura, e não teme ficar em evidência

Por Carlos Brickmann
Atualizado em 30 jul 2020, 20h28 - Publicado em 13 Maio 2018, 20h42

Publicado na Coluna de Carlos Brickmann

Acha que há candidatos demais à Presidência? Pois o número se reduziu muito, falando-se apenas dos mais conhecidos; e, do jeito que a coisa vai, sobra pouca gente. Os motivos são variados, mas há um predominante: já estão batendo nos candidatos abaixo da cintura. E vão botar a mãe no meio.

Michel Temer, embora presidente, chefe de um grande partido e dono da máquina oficial, desistiu. É difícil se eleger com tantas denúncias e inquéritos (e com aliados presos). Joaquim Barbosa parou: aos 64 anos, cobrando mais de R$ 200 mil por parecer, com tempo para viajar, sua vida pioraria tendo de falar da casa de Miami (comprada legalmente, mas e daí?), e de uma briga conjugal já resolvida, mas que sempre volta à tona.

Lula está preso e não pode ser candidato, faça as firulas que fizer. Plano B? Haddad está na delação da empreiteira UTC, que afirma ter-lhe passado R$ 2,6 milhões em propinas extraídas da Petrobras. Jaques Wagner? É investigado num caso de R$ 82 milhões de propinas da Odebrecht e OAS.

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Alckmin patina (isso antes dos inquéritos). O PSB, possível aliado, está sob investigação em seu maior reduto, Pernambuco. É coisa séria: Armando Monteiro, que há anos se preparava para o Governo, desistiu (como o candidato do partido à Presidência, Joaquim Barbosa). O PMDB poderia dar tempo de TV a Alckmin, mas 70% dos diretórios o rejeitam.

Campanha é para quem tem casca dura. E não teme ficar em evidência.

 

Meninos

Quem acha que o regime militar era melhor não viveu o regime ou só se lembra de que, naquele tempo, era quase 50 anos mais jovem. O regime militar foi imaginado inicialmente por seus formuladores civis, entre eles o grande Júlio de Mesquita Filho, notável intelectual, como um período relativamente curto, seis meses, em que o país seria passado a limpo, após o qual haveria eleições livres, nas quais a corrupção não influiria.

Foi aí que se descobriu que quem toma o poder não mais quer devolvê-lo. E para que varrer a corrupção se ela facilita a vida de quem está no poder? Essas reformas tão caras de votar, hoje, seriam fáceis na época. Não foram feitas.

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…eu vi

E algo que se comentou durante muito tempo foi comprovado, não por brasileiros: pela CIA, em documento de 1974 liberado há dois anos. Ali se confirma um trecho dos ótimos livros de Elio Gaspari sobre o regime militar, a frase de Ernesto Geisel ao general Dale Coutinho: “Ó, Coutinho, esse troço de matar é uma barbaridade, mas acho que tem que ser”.

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Segundo o documento da CIA, enviado ao secretário de Estado Henry Kissinger, num encontro de 30 de março de 1974, Geisel, Figueiredo (chefe do SNI, serviço de informações do regime), Milton Tavares de Souza e Confúcio Danton de Paula Avelino (ambos generais, Tavares chefe do CIE, Centro de Informações do Exército, Avelino que o sucederia), conversaram sobre assassínios cometidos por ordem do Governo. Geisel deu ordem para continuar a matar, desde que cada vítima fosse aprovada por Figueiredo.

Há quem defenda a volta da ditadura. Mas ditadura boa não existe.

 

Verdades e mentiras

O general Hamilton Mourão, futuro presidente do Clube Militar, quer saber por que o documento surgiu justo agora. Simples: porque em 2015, dezembro, acabou o prazo de sigilo. Pergunta também “a quem interessa manchar a reputação das Forças Armadas”. A ninguém – a menos que, por interesses outros, tentem responsabilizar os militares de hoje pelos crimes da ditadura que acabou há 43 anos. Absurdo; outra época, outros tempos.

 

Mentiras e verdades

O PSOL, depois de uma série de ataques a Israel, decidiu se defender das acusações de antissemitismo – a direção do partido sofre pressões de judeus de esquerda que fazem parte do partido e não são ouvidos no tema. O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, diz que chamar Israel de Estado genocida (e não se manifestar sobre os anos de mortandade na Síria) não é expressão de antissemitismo. Guilherme Boulos, candidato do PSOL à Presidência, diz que antissemitismo é inadmissível, assim como a islamofobia. Ambos, Boulos e Medeiros, dizem defender as resoluções da ONU que Israel rejeita (embora não se manifestem sobre a resolução da ONU que criou Israel e é rejeitada pelo Irã e boa parte dos Estados árabes).

Falam a verdade? Dois membros importantes do PSOL desmentem a direção: o deputado federal Jean Wyllys escreve (clique para ler).

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E Bruno Bimbi, integrante da Executiva do PSOL-Rio, jornalista, professor universitário e ativista gay (como Wyllys, aliás) escreve, sobre as declarações antissemitas do partido: “Não em nosso nome”.

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