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Valentina de Botas: A CUT anuncia a luta armada para defender a mamata concedida na república dos pixulecos

VALENTINA DE BOTAS É normal passear aos domingos, como neste 16 de agosto, um domingo como outro qualquer e isso o torna especialíssimo: é coisa corriqueira cidadãos de um país que buscam a trilha da civilização marcharem contra um governo ladrão e inepto, anormal é não fazê-lo; e é especial porque levou 13 anos para […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 00h42 - Publicado em 14 ago 2015, 17h06

VALENTINA DE BOTAS

É normal passear aos domingos, como neste 16 de agosto, um domingo como outro qualquer e isso o torna especialíssimo: é coisa corriqueira cidadãos de um país que buscam a trilha da civilização marcharem contra um governo ladrão e inepto, anormal é não fazê-lo; e é especial porque levou 13 anos para raiar. Somos corriqueiros, portanto reconhecemos quando o destino salpica coisas especiais no nosso cotidiano acostumado a si mesmo.

Então, tudo se perfuma, não é mesmo? São ridículos os atos grandiloquentes, cansativas as falas retumbantes. Há virtude e nobreza em viver na trivialidade. Sonhamos; nascemos; temos na ponta da língua, sem conseguir lembrar, o nome daquele filme com aquele ator que teve um caso com aquela atriz que era a preferida daquele diretor. Que mais? Desperdiçamos nosso tempo e o alheio; perdemos a hora.

Coisas básicas, comezinhas, emprestando algum sentido à realidade que quase sempre se vira sem ele. Dilma Rousseff, continuadora do regime que torna o assalto ao Estado uma normalidade com a qual o brasileiro vinha se ajeitando e dando graças Deus; a presidente que verga, mas não quebra porque lhe foi mais lucrativo quebrar a Petrobras; e que, vestindo a legitimidade do cargo como uma roupa que não lhe serve mais, janta com autoridades dos três poderes rebaixadas no festim escarnecedor para deglutir a institucionalização do país.

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A incompetência e a arrogância convictas mantêm Dilma alheia ao agravamento da crise econômica e em confronto com a maioria da população. Assim, o presidente da CUT, nutrida por uma grana da qual está dispensada de prestar contas recolhida até de quem não é sindicalizado, anuncia a luta armada para defender a mamata concedida na república de pixulecos. A grandiloquência da patifaria no Palácio da Alvorada, patrimônio de todos nós que pagamos tudo, ofensiva à democracia verdadeira, louva a democracia fictícia dos vigaristas em mais um ato de escárnio com as instituições e a nação.

Com que armas o sindicalista paramilitar lutará? Compradas onde e de quem? Vai atirar em gente desarmada? Os que marcharemos no domingo não temos sequer as oposições, armados que estamos apenas com a lei e nossa indignação. A presidente encontra-se sitiada pela lei, da eleitoral ao código penal, e não pela “turma do Leblon” ou “dos Jardins”, ao contrário do que vociferou o líder do MTST que fura a fila das moradias populares. Cerzindo a continuidade do mandato com apoios comprados e arrendados, nessa hybris sem volta, Dilma Rousseff insiste em ignorar os anseios por normalidade da população.

Claro, dia 17 seremos ainda um país onde apenas metade das residências tem rede de esgoto, com uma educação desoladora, com uma canalha política gozando a vida, enfim, ainda um país sob a vigência de mazelas curáveis se aplicado o tratamento correto, mas a passividade diante da anomalia chamada PT, o fenômeno mais sórdido da história da república, é vulnerabilidade que agrava todas as outras. Dia 16 só será especial se os indignados marcharmos pela normalidade.

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