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Tucano na gaiola

O país precisa, de uma vez por todas, deixar seus políticos de estimação, e colocar todos os salafrários de qualquer ideologia e partido atrás das grades

Por Emma Thomas
Atualizado em 30 jul 2020, 20h27 - Publicado em 24 Maio 2018, 11h17

Emma Thomas

Finalmente, um tucano vai para a cadeia. Por 5×0, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais recusou de goleada os últimos recursos de Eduardo Azeredo e determinou sua prisão imediata.

Azeredo foi governador de Minas e uma das serpentes que gestou o ovo do mensalão tucano, ao lado do onipresente carequinha Marcos Valério. Operação que serviu de laboratório para o mensalão petista e para todos os demais mecanismos de assalto ao Estado que vieram depois, colocados em prática pelos petralhas e seus aliados da base alugada desde que assumiram o poder como uma verdadeira organização criminosa.

Uma gente que defende seus bandidos de estimação com fanatismo quase religioso e afronta as instituições e a sociedade o tempo inteiro. Que parece viver descolada da realidade. Exemplo? O PT, além de fingir não entender que a brincadeira acabou, que a máscara caiu, ainda ousa anunciar o lançamento da candidatura do presidiário Lula da Silva, mesmo diante dos recados desbocados de autoridades jurídicas (do STF e do TSE) afirmando que sua inscrição eleitoral vai ser simplesmente recusada, por razões óbvias: ficha suja! Legislação. Ponto!

Chega a dar dó dos fanáticos, que ainda não enxergaram a classe política começando a gostar muito desse congelamento de Lula no frio de Curitiba. Afinal, todos se livram do professor de Deus sem fazer esforço e ficam liberados para estabelecer novos acordos, desenhar um novo cenário. Sem a intromissão de um sujeito que acreditava ser dono do mundo e restou retrato da própria estupidez, a caminho de sumir no esgoto da História.

Precisamos ficar atentos porque Azeredo se diz “injustiçado” e promete apresentar recursos e mais recursos aos tribunais superiores. Nessas horas é bom lembrar, em última instância, dos gilmares, marcoaurélios, celsos, fachins, toffolis, e lewandowskis, que julgam como se não houvesse amanhã.

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E já deu uma pequena amostra, fazendo o papelão de ficar se escondendo da polícia que um dia comandou, enquanto aguardava o despacho de um desses recursos protelatórios tão ao gosto dos advogados milionários, que felizmente foi-lhe negado pelo STJ. Finalmente preso, foi parar num destacamento de bombeiros.

O país precisa, de uma vez por todas, colocar todos os salafrários de qualquer ideologia e de qualquer partido atrás das grades, para que, enfim, a vocação honesta brasileira – que obviamente existe em algum lugar – possa dar o tom da caminhada para o verdadeiro futuro nacional.

A sociedade merece horizontes e não pode continuar refém desse magote de cafajestes que nunca fizeram nada na vida além de parasitar o Estado, e se perpetuam em dinastias ou quadrilhas.

Estamos cansados dessa conversa mole de ladrões do dinheiro público virarem hóspedes de quartéis da polícia militar ou do corpo de bombeiros, ou terem direito a “Sala de “Estado Maior” para manter a “dignidade”. Dignidade? Qual é a dignidade de Lula, Henrique Alves e Azeredo para gozarem tão esdrúxulo benefício? Por favor, senhores togados, nos poupem dessa presepada! Não nos tomem por palhaços.

Como se fosse pouco, o senhor Fachin deu a Lula da Silva o direito de receber políticos na prisão. Que porra is that?! Esse fulano está condenado em segunda instância – nunca é demais lembrar –, preso e mantém escritório político na cadeia, com a bênção do supremo de frango? Basta, né não? Lula tem de se habituar à nova vida que conquistou por notório saber. É o que ele tem para hoje, amanhã e depois, sem contar as outras condenações que estão a caminho.

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Depois não se fique resmungando pelos cantos que a Justiça (de verdade) não se faz. Ela está aí, vigorosa, mandado lulas, cunhas, azeredos, cabrais, dirceus, paloccis, genoinos, geddeis, henriques, loures, garotinhos, malufes, delcídios, negromontes, vargas, vaccarezzas, odebrechtes, pretos, bendinis, delúbios, vaccaris, genus, baruscos, pizzolatos, joesleys, wesleys, eikes, cavendishes, youssefes, cerverós, bumlais, duques e outros bichos escrotos para a cadeia.

Mas essa Justiça que presta vive sendo estuprada por esses tribunais superiores que nos matam de vergonha ao proteger com o manto da morosidade tantos baldios com foro privilegiado (aécios, temeres, gleisis, padilhas, moreiras, collors, calheiros, jucás, barbalhos, lobões, lindbergues, raupps, humbertos, pimenteis, serras, aloysios, eunícios, maias, fátimas, agripinos…).

Não raro, as egrégias cortes, com a tradicional empáfia, fala empolada e sem qualquer vênia, caem na lábia dos embargos auriculares e premiam definitivamente essa gente com arquivamentos e prescrições providenciais e de altíssimos valores agregados. Sequer disfarçam a inveja dos moros, bretas e vallisneys que, com honradez e elevada qualificação profissional, deram um nó cego nos advogados de butique e nos “donos” da lei.

Também aguardamos ansiosamente a chegada dos alckmins, sarneys, dilmas, mantegas, mercadantes, berzoinis, vicentinhos, vianas, nogueiras, wagneres, haddades, richas, kassabes, paes, pezões, bernardos, cunhas limas, demóstenes, skafes, gabriellis, fosteres, erenices, okamottos, gilbertinhos, rosemarys, lulinhas e tantas outras sucatas morais ao pátio da Lava Jato, pois a lama das suas carrocerias impunes segue atolando o país que presta.

Não há saída para Pindorama a não ser sufocar a corrupção endêmica e se livrar desses governadores-gerais de capitanias deletérias e seus operadores de butins. Somente assim esta terra vai virar Brasil.

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