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“Tira, põe, deixa ficar” e outras notas de Carlos Brickmann

Enquanto, seguindo Damares, se discute a cor das roupas de meninos e meninas, Paulo Guedes e Moro podem trabalhar mais tranquilo

Por Carlos Brickmann
Atualizado em 30 jul 2020, 20h02 - Publicado em 13 jan 2019, 07h12

Publicado na coluna de Carlos Brickmann

O Governo anunciou a redução da alíquota do Imposto de Renda, a criação de um novo imposto que substituiria quase todos os outros, o aumento do IOF, o aproveitamento da reforma da Previdência proposta por Temer, um regime único de aposentadoria para todos, incluindo os militares e os servidores civis, e nada do que foi anunciado era bem assim.

Mas não diga que aquilo que o Governo diz não se escreve: escreve-se, sim, e muito, em twitters, redes sociais, imprensa. Só não vale o escrito.

E daí? Boa pergunta: este colunista acredita que o Governo tem vários núcleos, mas só alguns são importantes. Paulo Guedes, general Augusto Heleno, Sérgio Moro, Tereza Cristina, da Agricultura, talvez Marcos Pontes, da Ciência e Tecnologia. Outros podem até ganhar estatura, mas por enquanto só servem como cortina de fumaça, como Damares ou Onyx. Fazem barulho, mas o que definirá o sucesso ou não de Bolsonaro são a Economia e a Segurança. Enquanto, seguindo Damares, se discute a cor das roupas de meninos e meninas, Paulo Guedes e Moro podem trabalhar mais tranquilos. Augusto Heleno é a voz que Bolsonaro ouve. Tereza Cristina só tem de manter o dinamismo do agronegócio. E Pontes – quem sabe? Se der para encaminhar a solução do problema de água no Nordeste, vira herói.

Com a economia indo bem, até Médici foi aplaudido no Maracanã. Se o combate a PCCs e CVs alcançar êxito, o Governo terá sido um sucesso.

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Quem sabe fala

O economista Raul Velloso, especialista em finanças públicas, disse à jornalista Sonia Racy, do Estadão, que as trombadas até agora ocorridas no Governo são desimportantes. “O que vale, de fato, é que Paulo Guedes e equipe estão preparando uma reforma da Previdência de impacto”.

 

Sem abusos

Economia é o mais importante, um golpe nas facções criminosas é uma façanha, mas a promoção do filho do vice Hamilton Mourão no Banco do Brasil, com um belo aumento, e a demora nas explicações de Queiroz, que  trabalhava com o filho de Bolsonaro, são fonte de problemas. Não importa que o filho de Mourão mereça a promoção (seu currículo é ótimo), nem que parente algum de Bolsonaro tenha algo a ver com Queiroz, como dizem. Se fatos como esses ocorreram em outros governos, que não se repitam hoje.

 

Curiosidade

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No WhatsApp de Sérgio Moro, a foto é de um jacaré devorando outro. Que significa? Nas diversas mitologias, segundo o Dicionário de Símbolos, várias versões. Na chinesa, o jacaré controla o ritmo e a harmonia do mundo e da vida. Em outra, carrega os mistérios da vida e da morte.

 

Globo em risco (falso)

Não, não é verdade que o presidente Bolsonaro tenha mandado cobrar uma suposta dívida da Rede Globo. Fala-se em R$ 380 milhões, calculados não se sabe onde – e a Globo, que tem distribuído dividendos de bilhões, certamente não iria quebrar se a dívida fosse essa e se houvesse cobrança.

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Globo em risco (real)

Mas há poucos dias Bolsonaro falou num tema que ameaça não apenas a Globo (embora possa ser a principal vítima), mas todo o setor de TV. O tema é a BV – Bonificação de Volume, uma remuneração extra, mas legal, paga conforme o volume de compras de publicidade de cada agência, sem que o cliente seja informado. A BV estimula a agência a anunciar em quem remunera melhor o volume. Funciona como esse sistema de acumular pontos em compras, só que é para valer: quem põe mais anúncios, sejam quais forem os clientes, ganha mais. O veículo fatura o valor do anúncio em nome do anunciante, que paga a porcentagem combinada à agência. E a agência recebe o por fora, com nota fiscal, tudo certinho. Sem a BV, muda tudo, inclusive a análise de onde colocar os anúncios dos clientes.

 

O perigo

Algumas agências, graças à BV, preferiram oferecer seus serviços de graça. Nada recebem dos clientes, mas a BV lhes dá bom faturamento. Há alguns anos, o Ministério Público quis agir contra a BV: achava que, se o veículo devolvia parte do que lhe foi pago, isso deveria ser entregue ao cliente, não à agência. As agências brigaram e ganharam. Há publicitários contra a BV, que consideram um tipo de suborno, induzindo as agências a anunciar em quem tem BV maior – ou seja, a Globo. Questão explosiva.

 

A explosão

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O deputado federal Alexandre Frota só aguarda a posse para apresentar projeto que proíbe a BV. Ele é Bolsonaro e odeia a Globo desde criancinha.

 

Dilma e o general

O general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, que comanda os serviços de inteligência e informação do Governo, disse que Dilma não acreditava em inteligência. O general está errado: Dilma jamais deixaria de acreditar em algo que nem conhece.

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