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Se Erenice perdesse a cabeça, a de Dilma poderia ser servida na bandeja seguinte

Para quem vê as coisas como as coisas são, Erenice Guerra é uma militante do PT que, homiziada na cúpula do ministério mais importante da República, tratou de ganhar dinheiro sujo como gerente e coiteira da quadrilha formada por parentes. Ponto. Se fosse personagem de algum seriado policial da TV americana, já teria ouvido há […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 12h29 - Publicado em 24 mar 2011, 03h01

Para quem vê as coisas como as coisas são, Erenice Guerra é uma militante do PT que, homiziada na cúpula do ministério mais importante da República, tratou de ganhar dinheiro sujo como gerente e coiteira da quadrilha formada por parentes. Ponto. Se fosse personagem de algum seriado policial da TV americana, já teria ouvido há muito tempo a leitura dos seus direitos pelo detetive que escalado para algemá-la pelas costas. Como Erenice existe no Brasil, aguarda em sossego a condenação à liberdade em última instância.

Enquanto contempla entre bocejos o ritual das sindicâncias de araque e das investigações simuladas, exerce o direito de ir e vir para circular por Brasília com a pose de quem foi convidada até para a confraternização de fim de governo dos ministros de Lula, até para a festa de posse de Dilma Rousseff. Talvez fosse mais discreta se o prontuário só registrasse o que fez em parceria com a família. Esbanja arrogância por confiar na força que vem das patifarias cometidas em parceria com Dilma Rousseff.

Em fevereiro de 2008, para desviar do Planalto os holofotes que iluminavam a farra dos cartões corporativos, o presidente Lula encomendou a Dilma um dossiê que transformasse Fernando Henrique e Ruth Cardoso no mais perdulário dos casais. A chefe da Casa Civil repassou o serviço à companheira que acumulava as funções de braço direito, melhor amiga e confidente. Pilhada em flagrante, Dilma negou a maternidade da sordidez. Se não for tratada com a devida gentileza, Erenice pode ser induzida a contar o que sabe. Ela tem temperamento esquentado, dizem os amigos.

Em outubro de 2008, a superassessora foi encarregada por Dilma de agendar uma conversa reservada com Lina Vieira, secretária da Receita Federal.  Em agosto de 2009, numa entrevista à Folha, Lina revelou que durante o encontro, ocorrido em 9 de outubro, foi pressionada para “agilizar” a auditoria em curso nas empresas da família Sarney. Tradução: convinha esquecer o caso. Como fez de conta que não entendeu a ordem de Dilma, foi demitida por honestidade. Dilma jurou que a conversa não houve.

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Em mais de um depoimento, sem incorrer em qualquer contradição, Lina reproduziu o diálogo de alta voltagem, descreveu a cena do crime, até detalhou o figurino usado pela protetora de Fernando Sarney. Dilma continuou agarrada ao desmentido. Se lhe forem negadas as mesuras e atenções que tem recebido, Erenice pode sucumbir à tentação de contar o que sabe. Como no caso do dossiê contra Fernando Henrique e Ruth Cardoso, Dilma não resistiria à profusão de detalhes armazenados na memória da comparsa. E o país saberia que é governado por uma serial killer da verdade.

Esses cadáveres no armário comum transformaram Dilma Rousseff e Erenice Guerra em xifópagas morais. Não há como separá-las sem ameaçar a sobrevivência das duas. Se Erenice for decapitada, a  cabeça de Dilma poderá ser servida na bandeja seguinte. Proibida de afastar-se da cúmplice, instada a prorrogar por quatro anos a impunidade dos corruptos de estimação, a presidente terá de prosseguir a obra mais repulsiva de Lula: o esforço pela revogação definitiva da ética na política.

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