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Ricardo Noblat: ‘As lições do dia em que o PT perdeu o controle das ruas e o povo insultou Lula como jamais o fizera’

Publicado no Blog do Noblat RICARDO NOBLAT Lição número um do domingo histórico de 15 de março de 2015, quando o Brasil celebrou com maturidade, coragem e alegria os 30 anos do fim da ditadura de 1964 e do início da redemocratização: o PT perdeu o controle das ruas. De fato começara a perder desde […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 01h51 - Publicado em 17 mar 2015, 12h11

Publicado no Blog do Noblat

RICARDO NOBLAT

Lição número um do domingo histórico de 15 de março de 2015, quando o Brasil celebrou com maturidade, coragem e alegria os 30 anos do fim da ditadura de 1964 e do início da redemocratização: o PT perdeu o controle das ruas.

De fato começara a perder desde que a corrupção passou a corroê-lo por dentro em 2005 – portanto, há exatos 10 anos –, tão logo o escândalo do mensalão fez o primeiro governo Lula tremer. Não caiu, é verdade. Mas perdeu a pose e nunca mais a recuperou.

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Lição número 2 de um domingo histórico: Lula deixou de ser intocável. Em nenhum ato público de grande porte até aqui, manifestantes haviam ousado, em coro e por muito tempo, ofender Lula com palavras de ordem.

Os que tentaram em outras ocasiões não foram bem-sucedidos. Mas ontem foram sim. “Lula cachaceiro, devolve meu dinheiro” foi uma das agressivas palavras de ordem. Estamos longe da cultura nórdica que cobra boa educação a qualquer hora.

Infelizmente é assim e sempre será neste país abençoado por Deus e bonito por natureza. Não foi  assim quando Dilma acabou insultada no jogo de abertura da Copa do Mundo, no ano passado? Não devemos nos julgar inferiores por isso.

Quantos países, de pouca experiência democrática como o nosso, seriam capazes de pôr mais de dois milhões de pessoas nas ruas pacificamente? Isso é quase metade da população da Noruega. É sete vezes mais do que a população da Islândia.

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Atravessamos apenas 30 anos ininterruptos de Estado Democrático de Direito. A democracia por aqui está mais no papel do que na realidade das pessoas. Temos liberdade. Não temos rede de esgoto. E liberdade sem rede de esgoto não melhora a vida de ninguém.

Agravou-se a situação da presidente Dilma. Ela não pode falar ao país por meio de rede nacional de rádio e de televisão porque seria recepcionada por um panelaço. Não pode circular por aí para não ser vaiada. Muito menos confraternizar com seu povo sem medo.

À crise econômica somou-se a crise política. Roguemos para que disso não resulte uma crise institucional. No momento, Dilma nada tem a dizer aos brasileiros – nada de novo, nada que mude sua situação. E os brasileiros não desejam ouvi-la. Simples.

Como restabelecer o diálogo sem o qual o país entrará em uma das fases mais delicadas de sua história recente? O governo carece de líderes. Os partidos, idem. Por espontâneas e desorganizadas, as manifestações não têm quem as guie. E não admitem ser guiadas.

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A solução não está no impeachment. Presidente só pode ser deposto se cometer um dos oito crimes de responsabilidades previstos na Constituição. Dilma não cometeu nenhum deles. O que fazer então? Eu não sei. De outras vezes pensei que sabia. Desta, não.

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