Resposta da Universidade de São Paulo à coluna
Chefe de Gabinete do Reitor defende curso sobre o "golpe de 2016" e informa que a USP está cuidando muito bem do museu que permanece fechado há cinco anos
Resposta de Gerson Y. Tomanari, chefe de Gabinete do Reitor da Universidade de São Paulo, ao post com o título A universidade agora é comandada pelos idiotas que diplomou, publicado no dia 15 de março:
Em post divulgado em Veja On-Line, no último dia 15 de março, o jornalista Augusto Nunes fez comentários desinformados e desrespeitosos, para não dizer ofensivos, em relação à Universidade de São Paulo (USP) e aos seus dirigentes.
Relacionou, de forma descabida e desinformada, o processo de restauro e modernização do Museu Paulista da USP, mais conhecido como Museu do Ipiranga, que a Universidade leva a cabo, a um curso livre que o Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) oferece sobre os recentes acontecimentos políticos no País. Afirmou que, em vez de investir no restauro do Museu, que estaria abandonado, a Reitoria investe no curso. Trata-se de uma comparação sem qualquer nexo e conexão com a realidade.
A USP anunciou, no dia 18 de dezembro passado, o projeto vencedor do concurso nacional de arquitetura para a reforma do edifício-monumento do Museu. A empresa vencedora, que ganhou o direito de celebrar o contrato para o desenvolvimento do projeto executivo das obras, foi a Hereñu + Ferroni Arquiteto Ltda. A previsão é que o Museu seja reaberto em 2022, nas celebrações do Bicentenário da Independência.
Nos links abaixo, o leitor de Veja On-line pode obter amplas informações sobre o processo de restauro do edifício.
https://jornal.usp.br/institucional/museu-paulista-inaugura-mostra-no-espaco-expositivo-da-reitoria/
O curso livre “O Golpe de 2016 e o Futuro da Democracia no Brasil”, oferecido pelo Departamento de História da FFLCH, nem de longe disputa investimentos com a restauração do Museu Paulista, como afirma o jornalista, pois não gera custos adicionais para a Universidade.
Qualquer cidadão pode discordar do seu teor, mas sua realização, como curso livre, reflete o ambiente democrático e de liberdade de pensamento que deve caracterizar uma Universidade como a USP, em qualquer de suas áreas, exatas ou humanas – sejam de ensino, pesquisa e extensão.
Por fim, reiteramos que os termos com que o jornalista termina e titula o post foram desrespeitosos e ofensivos a toda a comunidade da USP.
Atenciosamente,
Gerson Y. Tomanari
Chefe de Gabinete do Reitor
Universidade de São Paulo (USP)