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Para apressar o fim da era lulopetista, a oposição precisa percorrer sem medo o caminho desbravado pelo Petrolão

PUBLICADO EM 20 DE NOVEMBRO O que há com a oposição brasileira ressuscitada por 51 milhões de eleitores que a impede de avançar pelo caminho mais curto para o Planalto, desbravado pela Polícia Federal, balizado pelo Ministério Público e pavimentado pela Justiça Federal? O que falta para os engajados nos protestos de rua entenderem que […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 02h24 - Publicado em 1 jan 2015, 12h56

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PUBLICADO EM 20 DE NOVEMBRO

O que há com a oposição brasileira ressuscitada por 51 milhões de eleitores que a impede de avançar pelo caminho mais curto para o Planalto, desbravado pela Polícia Federal, balizado pelo Ministério Público e pavimentado pela Justiça Federal? O que falta para os engajados nos protestos de rua entenderem que o escândalo da Petrobras, mais que qualquer outro caso político-policial da era lulopetista, tira o sono do governo e expõe a presidente Dilma Rousseff ao enquadramento judicial que tornará inevitável o pedido de impeachment?

“Nosso foco tem que ser o Petrolão”, afirmou o senador paulista Aloysio Nunes na tarde de 15 de novembro, enquanto aguardava na Avenida Paulista o início da manifestação convocada para aquele sábado. “Precisamos exigir a apuração das denúncias que envolvem a Petrobras e a punição dos responsáveis pelo esquema de corrupção. O impeachment é questão a ser examinada quando houver provas que confirmem a participação da presidente em fatos criminosos”, resumiu o candidato a vice-presidente de Aécio Neves, um dos raros tucanos que usam frequentemente a tribuna para fustigar sem clemência o governo que pariu e amamentou o Petrolão.

Por enquanto, é diminuta a bancada de parlamentares que, como Aloysio, compreenderam que a Operação Lava Jato depositou no colo da oposição a bandeira agregadora com que sonha todo partido ou movimento político. A maioria dos congressistas contempla com placidez a procissão de ineditismos, recordes e cifras de espantar banqueiro americano. Pelo menos 10 bilhões de dólares saíram pelo ralo das propinas. A quadrilha juntou diretores da Petrobras, grandes empreiteiros, figurões do PT e de outros partidos governistas, especialistas em lavagem de dinheiro, deputados, senadores, ministros de Estado, governadores, policiais delinquentes.

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As propinas eram calculadas em milhões de dólares. Um bilhão de reais virou unidade monetária. Nunca antes neste país uma empresa subordinada ao governo foi saqueada com tanta gula, por tanto tempo e com tanta desfaçatez. Nunca antes neste planeta se roubou tanto dinheiro. Sobram provas e evidências contundentes de que Lula e Dilma Rousseff sabiam do que se passava nas catacumbas da Petrobras. Tanto o padrinho quanto a afilhada ignoraram advertências do Tribunal de Contas da União e mantiveram abertas as porteiras pelas quais passaram incontáveis contratos aditivados e contas superfaturadas.

A sorte do Brasil decente é que o bando de larápios cinco estrelas topou com homens da lei decididos a impedir que, como sempre ocorre no faroeste à brasileira, a história terminasse com o triunfo do vilão. A performance dos xerifes superou em competência e audácia o desempenho da bandidagem. Nenhuma operação da PF foi tão ágil e precisa quanto a Lava Jato. Os representantes do Ministério Público fizeram as perguntas certas e extraíram dos depoentes informações que completaram o quebra-cabeças. E o juiz federal Sérgio Moro é o homem certo no lugar certo.

Desde o começo do caso, Moro tem aplicado exemplarmente o principio constitucional segundo o qual todos são iguais perante a lei. Ninguém é mais igual que os outros, acabam de aprender os quadrilheiros que tiveram a prisão temporária transformada em prisão preventiva. Confrontados com um magistrado sem medo, delinquentes de fina estampa acharam mais sensato devolver as fortunas tungadas e contar o que sabiam em troca de penas menos severas. Pela primeira vez desde o Descobrimento, ricaços inimputáveis foram transferidos sem escalas do topo da pirâmide social para uma cela em Curitiba.

Empreiteiros que vão de jatinho até ao clube ali na esquina estão dormindo na cadeia. Compreensivelmente, a fila de candidatos à delação premiada é de dar inveja ao INSS ─ e vai crescer muitos metros com a iminente entrada em cena do bloco dos políticos. Lula perdeu a voz e sumiu, como sempre faz quando sobram culpas e faltam álibis. Dilma ainda convalesce da viagem que começou na Austrália e terminou no olho do furacão. Graça Foster faz o que pode para escapar do desemprego. Advogados pagos em dólares por minuto recorrem a palavrórios de rábula para explicar o inexplicável.

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Os balidos do rebanho sem pastores repetem que a corrupção nasceu já no Dia da Criação. Fingem ignorar que foi elevada à categoria de arte pelo PT, e com tamanho atrevimento que até o Departamento de Justiça dos EUA e o governo holandês resolveram entrar no saloon dominado pelos pistoleiros. Os vencedores da eleição estão nas cordas ─ e grogues. Antes que tentem debitar também o Petrolão na conta de FHC, os oposicionistas têm o dever de lutar pela punição dos autores do crime.

A decomposição financeira e moral da Petrobras é a mais recente e repulsiva obra da seita cujo primeiro mandamento ensina que os fins justificam os meios. O aparelhamento amoral, a revogação da meritocracia, a remoção da fronteira que separa o público e o privado, a subordinação dos interesses nacionais a afinidades ideológicas, o assassinato da ética, a compulsão liberticida, a corrupção institucionalizada, a inépcia paralisante ─ todos os tumores que infestam o PT desde o nascimento se conjugaram para levar ao estado de coma o que já foi uma potência mundialmente respeitada.

O Petrolão avisa aos berros que chegou a hora de forçar o recuo dos celebrantes de missa negra. Para tanto, a oposição democrática só precisa avançar sem hesitação pelo caminho que devassa as catacumbas da Petrobras antes de chegar à Praça dos Três Poderes.

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