Ou nós não estamos vivos ou eles pensam que são vivos demais
Em 25 de junho de 2010, um texto aqui publicado comentou a assombrosa performance do presidente Lula na última pesquisa do Ibope. Amparado em mais de 80% de “ótimo” ou “bom”, o maior dos governantes desde Tomé de Souza já festejava a chegada aos 100% de popularidade (ou 103%, se a margem de erro de 3% […]
Em 25 de junho de 2010, um texto aqui publicado comentou a assombrosa performance do presidente Lula na última pesquisa do Ibope. Amparado em mais de 80% de “ótimo” ou “bom”, o maior dos governantes desde Tomé de Souza já festejava a chegada aos 100% de popularidade (ou 103%, se a margem de erro de 3% oscilasse todinha para cima). Faltava pouco para o recorde mundial, avisou a taxa de aprovação. Talvez não faltasse nada, sugeriu o raquitismo da tribo dos insatisfeitos.
Segundo o Ibope, os que consideravam “ruim” ou “péssimo” o desempenho de Lula eram apenas 3% do eleitorado, ou 4 milhões de brasileiros. Subiriam para 8 milhões se a margem de erro oscilasse para cima. Se ocorresse o contrário, o índice baixaria para zero ─ e não haveria um único descontente em todo o território nacional. Nessa hipótese, tanto o colunista quanto os leitores deixariam de existir. “Nós somos margem de erro”, constatou o comentarista Renato Vieira.