Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Augusto Nunes Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Coluna
Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Os magos da estatística quebraram a cara de novo

Como explicar o descompasso abissal entre as pesquisas de intenção de voto e os resultados da eleição?

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 20h16 - Publicado em 10 out 2018, 20h00

Um dia antes da eleição deste 7 de outubro, Dilma Rousseff liderava com folga a disputa pelo Senado em Minas Gerais. Com 28% dos votos válidos no Ibope e 26% no Datafolha, a ex-presidente assistiria de camarote à briga pela segunda vaga. Na noite de domingo, descobriu que as urnas haviam discordado das sumidades da estatística: com apenas 15%, Dilma acabou rebaixada para um humilhante quarto lugar.

No mesmo dia 7, Wilson Witzel acordou convencido de que teria de cuidar da vida no dia seguinte. Candidato ao governo do Rio, soube na véspera que alcançara apenas 12% no Ibope, 20 pontos percentuais abaixo do líder Eduardo Paes. Terminada a apuração, Witzel pousou no segundo turno a bordo de 42% dos votos, 30 pontos percentuais acima do que haviam profetizado no sábado os magos das intenções de voto.

Como explicar o descompasso abissal entre os levantamentos eleitorais e o mundo real? “Pesquisa é um retrato do momento”, recitaram os dirigentes dos dois principais institutos. (Alguém aí acredita que, se a eleição tivesse ocorrido no sábado, Dilma seria a vitoriosa e Witzel permaneceria na zona de rebaixamento?). Também avisaram que brasileiro gosta de mudar de ideia minutos antes de votar. (Se é assim, por que abrir em julho a temporada de pesquisas?)

Na grande imagem de Nelson Rodrigues, os magos do Ibope e do Datafolha deveriam sentar-se no meio-fio e chorar lágrimas de esguicho. Como são incapazes de reconhecer mesmo erros monumentais e pedir desculpas ao distinto público, estão todos prontos para recomeçar a procissão de porcentagens sem parentesco com a realidade.

Enquanto existirem clientes dispostos a pagar por ilusões e gente que enxerga a verdade revelada nessas selvas de algarismos, pesquisas de intenção de voto serão um excelente negócio. Nada mais que isso. O resto é conversa fiada.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.