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“Os inimigos sempre fiéis” e outras notas de Carlos Brickmann

Os adversários já escolheram os eventuais candidatos tucanos com maior potencial de voto e desde já concentraram neles seu poder de fogo

Por Carlos Brickmann
Atualizado em 30 jul 2020, 20h34 - Publicado em 14 fev 2018, 21h32

Publicado na Coluna de Carlos Brickmann

Os amigos, mesmo os melhores, nem sempre percebem quando deles precisamos. Os inimigos são mais fiéis: pode-se confiar em seu ódio.

O PSDB, principal adversário do PT, ainda está em processo de escolha de candidatos. Não conseguiu até agora definir quais seus melhores nomes. Os adversários já escolheram os eventuais candidatos tucanos com maior potencial de voto e desde já concentraram neles seu poder de fogo. A julgar pela violência e constância dos ataques, são João Dória Jr. e Luciano Huck.

O termo “adversários” não indica apenas PT e conexos, como o PSOL: indica também os tucanos fiéis ao governador (e pré-candidato) Geraldo Alckmin e conexos, como o ministro Kassab (PSD) e sua UGT, União Geral dos Trabalhadores. A campanha vem de vários lados, mas o mote é sempre o mesmo: marcar tanto Huck quanto Dória como engomadinhos (o que não é, convenhamos, tão difícil) e inimigos dos pobres ─ Huck porque, em seu programa de TV, reforma de graça casas populares em mau estado, em vez de resolver de vez o problema habitacional do país, e Dória porque promove encontros de empresários aos quais só comparecem empresários.

Os demais tucanos são poupados ─ mesmo o prefeito de Manaus, Artur Virgílio, adversário oficial de Alckmin ─ com uma só exceção: Fernando Henrique, por dizer que Huck é uma boa novidade na política. A campanha eleitoral ainda não começou, mas todos já estão em plena campanha.

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Os preferidos

Alckmin é candidato à Presidência. Seu candidato favorito ao Governo paulista é o vice Márcio França, do PSB (que levaria o apoio dos socialistas a Alckmin); e Dória é seu candidato a ficar na Prefeitura, e olhe lá. Os adversários de Alckmin articulam Dória para o Governo, Huck para a Presidência e Márcio França para o Senado. Alckmin tentaria a outra vaga ─ jogo duro, contra Eduardo Suplicy pelo PT e Marta Suplicy pelo PMDB.

 

Os inimigos amigos

Alckmin sempre foi adversário de Kassab. Kassab apoiou Serra, foi seu vice e, pelo acordo, seria seu candidato à sucessão. Alckmin atravessou e foi candidato, apenas para tomar uma surra de Kassab. Agora, Kassab está com Alckmin. Serra pensou em sair para a Presidência, não teve condições, mas gostaria de vingar-se de Alckmin, que queimou seu candidato Andréa Matarazzo e lançou Dória para a Prefeitura. Pode, discretamente, dar apoio a Dória, de quem era adversário. E, por que não, a Huck, com quem se dá?

 

Palpitando

Depois de ler um livro sobre Donald Trump em que o autor descreve, palavra por palavra, diálogos privados entre o presidente e algum assessor, em que nenhum dos dois lhe deu entrevista, e transcreveu entre aspas os mais íntimos pensamentos dos protagonistas, este colunista resolveu também dar palpite, com a vantagem de admitir que não passa de palpite. O candidato do PSDB à Presidência deve ser Alckmin, Dória tenta o Governo e Márcio França disputa o Senado ao lado de Aloysio Nunes. Puro palpite. Este colunista não sabe se são os melhores nomes para disputar, nem opina sobre seu desempenho se eleitos. Só acha que serão esses os candidatos.

 

Volta por cima

Este Carnaval trouxe de volta uma grande tradição brasileira: a crítica. O Carnaval paulista, que enfim se transformou em festa importante, a maior do país em número de participantes, ignorou uma tradição, a dos sambas e marchas, e foi de música latino-americana, com Sidney Magal, a funk e a pancadão; mas a tradição crítica se impôs, como no Rio, em Salvador, em Olinda e Recife. Paulada em todo mundo, em geral com bom humor. O Carnaval velho, aprisionado nas masmorras de sambódromos oficiais, morreu. Viva o Carnaval de sempre, que voltou crítico, alegre e gostoso!

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Solução simples…

Decidido (tanto quanto uma decisão possa ser estável no Bonito por Natureza): o Carnaval do Crime, no Rio, convenceu o presidente Temer a criar o Ministério da Segurança Pública. Ao que tudo indica, a nova pasta será criada ainda neste mês, substituindo algum outro ministério inútil.

 

…que não resolve

Até agora, não há Ministério da Segurança, mas todos os Estados têm as Secretarias da Segurança ─ que vêm perdendo a guerra. E, se o problema fosse criar ministério, não se pode esquecer que o Brasil tem Ministério da Justiça, Ministério da Educação, Ministério da Saúde e Ministério do Planejamento. O Ministério da Marinha da Bolívia (Armada Boliviana) consome mais de 10% de seu orçamento militar. A Bolívia só não tem mar.

 

Que tudo se realize

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Do jornalista Cláudio Humberto, esta excelente sugestão: como o ano só começa depois do Carnaval, fica instituída a meia-noite desta quarta-feira, dia 14, como o réveillon de 2018.

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