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Onyx Lorenzoni no Roda Viva: O foro privilegiado é uma excrescência que precisa ser eliminada

O relator do projeto das 10 medidas contra a corrupção comentou, entre outros assuntos, as manobras que procuram obstruir os avanços da Lava Jato

Por Branca Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 21h17 - Publicado em 22 nov 2016, 15h47

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O convidado do Roda Viva desta segunda-feira foi o deputado federal Onyx Lorenzoni, relator da Comissão Especial da Câmara que analisa medidas de combate à corrupção, entre as quais as dez propostas pelo Ministério Público. Formado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria, o agora presidente do DEM do Rio Grande do Sul nasceu em Porto Alegre há 62 anos. Onyx foi deputado estadual entre 1995 e 2002, quando se elegeu deputado federal. Tornou-se nacionalmente conhecido em 2005, graças à combatividade demonstrada nas sessões da CPMI dos Correios, que devassou o escândalo do Mensalão, e atualmente exerce o quarto mandato consecutivo no Congresso. Confira alguns trechos da entrevista:

“Existe no país uma sensação de absoluta impunidade. Espero que o Congresso use este momento para fazer uma conciliação com as ruas. Os parlamentares precisam ter a capacidade e a humildade de ouvir a voz das ruas”.

“Com a legislação de hoje, quando um corrupto ou um corruptor no Brasil põe de um lado da balança o quanto ele vai ganhar e, do outro, o risco de ser pego, ele tem muito mais a ganhar do que a perder. A gente precisa virar essa balança”.

“Qual é a diferença do Mensalão para o Petrolão? Duas coisas: a Lei de Lavagem de Dinheiro e a colaboração premiada. Se a colaboração premiada existisse na época do Mensalão, o Lula estaria na cadeia há muito tempo”.

“De 2013 para cá, há uma nova cidadania no Brasil, que resolveu tomar o país na mão. Ela não tem partido político, não tem um posicionamento ideológico muito claro. Ela quer arrumar o Brasil. O impeachment só aconteceu porque essa cidadania foi para as ruas”.

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“A aprovação das medidas contra a corrupção vai tornar muito mais difícil roubar dinheiro público, o que é muito importante num país como o nosso”.

“Eu me debrucei sobre o projeto sobre abuso de autoridade do Renan Calheiros e achei muito ruim. A biografia do presidente Renan explica o porquê. Ele é uma pessoa que vive 24 horas por dia pensando em como atacar quem está tentando passar o Brasil a limpo”.

“Foro privilegiado é uma excrescência”.

“A fragilidade da legislação fez com que a Itália se tornasse um país ainda mais corrupto depois da Operação Mãos Limpas. O grande mérito dos jovens procuradores da Lava Jato é que eles perceberam que, se não houvesse um instrumento para que o Brasil caminhasse de forma diferente, o país repetiria isso”.

“Acredito que a maioria dos parlamentares brasileiros seja comprometida com o país e quer que o país dê certo. Deseja que seus filhos possam viver num país mais seguro, que os serviços públicos possam servir às pessoas e não se servir delas”.

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“Criamos um novo artigo que criminaliza não só quem recebe, mas também quem doa para o caixa dois. Se não endurecermos as leis, a cultura da corrupção não mudará”.

“O Renan Calheiros e o Michel Temer representam um país muito velho. Não espero do Temer nada além do que ele pode dar, que é garantir uma certa estabilidade e levar o barco até 2018, sem solavancos, para entregar o país a quem for eleito”.

“A aprovação dessas medidas é uma oportunidade que o Congresso tem de dar as mãos à sociedade. É uma chance de mudar a vida das pessoas. Acho que não teremos mais essa oportunidade pelos próximos 30 anos”.

A bancada de entrevistadores reuniu os jornalistas André Guilherme Vieira (Valor), Thais Bilenky (Folha), José Alberto Bombig (Estadão) e Murilo Ramos (Época) e o advogado Pierpaolo Cruz Bottini, professor de Direito Penal da USP. Com desenhos em tempo real do cartunista Paulo Caruso, o programa foi transmitido ao vivo pela TV Cultura.

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