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Oliver: A tribo

VLADY OLIVER Acho que escrever muito e sempre acaba nos amontoando sobre uma muvuca de ideias em que fica difícil discernir a obra toda, olhando de suas partes agregadas. Não tenho muito apego pelo que escrevo, diferente de muitos escritores que conheço. Trocaria de ideia fácil, se fosse convencido pelo bom senso a fazê-lo. Aqui […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 00h13 - Publicado em 27 out 2015, 16h15

VLADY OLIVER

Acho que escrever muito e sempre acaba nos amontoando sobre uma muvuca de ideias em que fica difícil discernir a obra toda, olhando de suas partes agregadas. Não tenho muito apego pelo que escrevo, diferente de muitos escritores que conheço. Trocaria de ideia fácil, se fosse convencido pelo bom senso a fazê-lo. Aqui não troco de roupa há anos, o que me dá uma boa medida de como as coisas não avançam no condomínio mental em que nos abrigamos.

Disse aqui mesmo que a seita petralha tem uma mentalidade, não um projeto pronto e acabado. Lulão não é um estrategista, um pensador ou um organizador tático da peleja. É um embuste. Não tem disciplina para projetos do gênero. É um surfista calhorda e um aproveitador barato, que se vale de uma estranha liturgia à qual se prendem as esquerdas para prestar vassalagem aos seus ídolos de barro e pés nos dejetos.

Nisso a coisa é uma seita. Uma organização pilantral paralela. Seus aviõezinhos e apaniguados vão se pendurando na teta pública despudoradamente e nela, como morcegos no teto da caverna,vendo o mundo de cabeça para baixo. Aqui que uma consciência abalroa a outra. A “mentalidade criminosa”, hoje discutida pelos antagonistas, prescinde da “mentalidade relativa”, para consumar seus crimes.

Uma grita, enquanto bate a carteira do incauto, e a outra finge não notar a gritaria. Das duas coisas quase cúmplices emerge este país adernado, inconsequente, relativizado, que não se cansa de não acreditar nas leis, nas instituições e na representatividade, que nos fariam uma nação um tanto mais decente e menos acocorada para a vigarice.

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Bastaria ver a pesquisa que corre por aí a dar uma “suposta” – eu adoro essa palavra – vitória espontânea para o agora não-candidato Aécio Neves, por 13 pontos contra 8 de lulão e sua gangue, para sabermos que o que realmente interessa nesta altura do campeonato superfaturado: os 65% dos pesquisados se declaram brancos, nulos e indecisos. Este é o verdadeiro mar de gente, não representado por corrente nenhuma das que aí estão.

Fosse menos bairrista, não sairia comemorando esta vitória temporona tão antes da hora. Está claríssimo que o respeitável público espera um igualmente respeitável discurso oposicionista de verdade na parada e não essa mesmice edulcorada. Ao ver aquele infindável rosário de mutirões de catarata, bolsas miséria ampliadas, mais do mesmo e macacões patéticos defendendo a cumpanheirada pétubrais, ficamos a ver navios, meus caros.

Falta um discurso de oposição. Falta alguém que diga sem rodeios aos hipnotizados que a esquerda é um embuste malcheiroso. Que mente para se locupletar no poder. E que mente agora para não se desgarrar da teta. Um belo mapa, uma espécie de Gugol Map da roubalheira, seria bem vindo para explicar ao distinto público quem é quem nesse oceano de vigarice. Um para levar para as urnas, para lembrar cada brasileirinho sem cachorro do preço que anda custando votar tão errado por aqui.

Um que mostre os dois pés esquerdos dessa manada. Só assim, algo como os cem mil vagabundos pendurados nos cargos públicos por aquela providencial estrelinha na cueca, viriam à tona para boiar na latrina desse socialismo pilantra, escondidos que estão por uma imprensa ainda mais safada. Só assim entenderiam os incautos do que se trata a tal “luta de classes”. É uma luta na lama, onde vence quem chafurda mais fundo, agarrado à coisa pública e cacarejando um grito esquisito, cheio de verdinhas na cueca vermelha. É uma tribo e tanto.

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