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O silêncio cafajeste da comparsa brasileira acelera a marcha batida da Venezuela em direção à ditadura escancarada

O vídeo que resume as denúncias do promotor venezuelano Franklin Nieves não se limita a confirmar que a prisão e o julgamento do líder oposicionista Leopoldo López foram uma farsa de quinta categoria. Também avisa que o governo de Nicolás Maduro resolveu rasgar a fantasia em frangalhos, fraudar a eleição, calar os adversários e instituir […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 00h13 - Publicado em 28 out 2015, 14h15

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O vídeo que resume as denúncias do promotor venezuelano Franklin Nieves não se limita a confirmar que a prisão e o julgamento do líder oposicionista Leopoldo López foram uma farsa de quinta categoria. Também avisa que o governo de Nicolás Maduro resolveu rasgar a fantasia em frangalhos, fraudar a eleição, calar os adversários e instituir a ditadura sem maquiagem. A mudez cafajeste do governo Dilma inclui o Brasil na trama que pretende consumar o assassinato do Estado Democrático de Direito.

Até dezembro de 2002, o Brasil liderou a América do Sul sem bravatas nem bazófias. Hugo Chávez, por exemplo, comportou-se com muito juízo desde o dia da posse em 1998: para não ser enquadrado pelo governo do vizinho poderoso, dispensou-se de provocações e palavrórios beligerantes. Ao fim de complicadas negociações conduzidas pessoalmente pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, o acordo entre o Equador e o Peru encerrou um dos mais antigos conflitos fronteiriços do subcontinente.

O Paraguai abrandou a choradeira pela revisão do Tratado de Itaipu. A Bolívia entendeu que o preço do gás vendido ao vizinho tinha de levar em conta que o comprador havia bancado sozinho a construção do gasoduto bilionário. Até a Argentina permaneceu bem comportada. Ninguém ousou afrontar durante os dois mandatos de FHC. As coisas começaram a mudar em janeiro de 2003, com a instauração da política externa da canalhice, fruto do acasalamento de stalinistas farofeiros que controlam o PT e marxistas de chanchada que infestam o Itamaraty,

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A abjeção nasceu já com 200 anos de idade. Teria morrido de velhice na primeira semana se não fossem os cuidados que lhe dispensaram o padrinho Lula, para quem o Oriente Próximo tem esse nome por ficar logo ali, e a dupla de babás formada por Celso Amorim e Marco Aurélio Garcia. Não teria chegado aos 212 anos sem a permanência de Garcia, homiziado no gabinete de Assessor Especial para Assuntos Internacionais, no cargo de chanceler.

Nos oito anos de Lula, o Brasil fez concessões vergonhosas ao Paraguai e ao Equador, suportou com passividade bovina as bofetadas desferidas pela Argentina e pela Bolívia, hostilizou a Colômbia democrática enquanto afagava os narcoterroristas das FARC, curvou-se à vontade e aos caprichos da Venezuela chavista, deixou de ser sinuelo para virar mais um no rebanho. Simultaneamente, fantasiou-se de “potência emergente” para intrometer-se nos assuntos internos de outras nações. Reduzido a braço internacional da seita lulopetista, o Itamaraty aposentou valores morais e princípios éticos irrevogáveis. E não perdeu nenhuma chance de escolher o lado errado.

Entre os Estados Unidos e qualquer obscenidade que se opusesse ao Grande Satã ianque, preferiu invariavelmente a segunda opção. Subordinado aos napoleões de hospício que proliferam nos grotões sul-americanos, Lula transformou a embaixada em Honduras na Pensão do Zelaya ─ Manuel Zelaya, aquele do chapelão que cobria o nada. Para prestar vassalagem a Fidel Castro, comparou os que discordam dos donos da ilha-presídio aos bandidos encarcerados em São Paulo e aprovou a deportação dos pugilistas Erislandy Lara e Guillermo Rigondeaux.

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O fundador do Brasil Maravilha escolheu sem hesitar quando instado a optar entre a barbárie e a civilização. Bajulou o faraó de cabaré Hosni Mubarak, o psicopata Muammar Kadafi, o genocida Omar al-Bashir e o iraniano atômico Mahmoud Ahmadinejad, fora o resto. Coerentemente, o penúltimo ato do homem que emasculou o Itamaraty foi promover a asilado político o assassino italiano Cesare Battisti. O último foi ordenar a Dilma Rousseff que desse prosseguimento ao cortejo de cafajestagens, iniquidades e vigarices.

A afilhada fez mais que preservar a herança maldita. Conseguiu torná-la mais repulsiva com o engajamento na aliança golpista que tentou manter na presidência do Paraguai o reprodutor de batina Fernando Lugo, a manobra sórdida que infiltrou no Mercosul a Venezuela sem papel higiênico, os bilionários donativos secretos à tirania cubana, a importação de escravos de jaleco que rendem à ilha-presídio mais de 23 milhões de dólares por mês e a submissão a Evo Morales que fez da embaixada em La Paz o cárcere privado do senador boliviano Roger Molina ─ o acervo de bandalheiras internacionais é um malcheiroso colosso. Fora o resto.

Para o governo brasileiro, parceiros ideológicos são tratados como menores de idade: seja qual for o crime cometido, a culpa é das injustiças sofridas durante a infância colonial. É natural que o Planalto continue acompanhando com cara de paisagem a marcha batida da Venezuela em direção à ditadura escancarada, e se recuse a enxergar a feroz ofensiva liberticida comandada pelos herdeiros do bolívar-de-hospício que virou passarinho. A omissão diante das denúncias do promotor Franklin Nieves reafirma a obediência às regras do desregramento.

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Há dias, o líder oposicionista venezuelano Henrique Capriles afirmou que o silêncio do governo Dilma dói. Essa mudez é dolorosa para todos os democratas do mundo. É escândalo que envergonha o Brasil que presta. E é um motivo a mais para apressar o fim da era da sordidez inaugurada há 13 anos.

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