O rei do Rio perdeu o trono, a pose e a voz
Surpreendido pela cachoeira que engoliu a Delta e o deixou com água pela cintura, o governador Sérgio Cabral permanece refugiado no Palácio Guanabara. Longe dos jantares com a Turma do Guardanapo, das festas bancadas pelo amigo Fernando Cavendish, dos jatinhos emprestados por Eike Batista e das margens do Sena, Cabral tem de consolar-se com os […]
Surpreendido pela cachoeira que engoliu a Delta e o deixou com água pela cintura, o governador Sérgio Cabral permanece refugiado no Palácio Guanabara. Longe dos jantares com a Turma do Guardanapo, das festas bancadas pelo amigo Fernando Cavendish, dos jatinhos emprestados por Eike Batista e das margens do Sena, Cabral tem de consolar-se com os torpedos de Cândido Vaccarezza. As mensagens tão melosas com o destinatário quanto cruéis com o idioma são insuficientes para devolver ao governador a alegria de viver e, sobretudo, a loquacidade dos tempos em que, fantasiado de Rei do Rio, batia boca até com menino de morro. O vídeo reprisado pela seção História em Imagens ressuscita o Cabral dos tempos em que era do Lula, não de um Vaccarezza.