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O país da indignação seletiva só não aceita pastores do primitivismo. O resto pode

Têm razão os inconformados com a escolha do deputado Marco Feliciano para a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Uma cabeça estacionada no século 19, constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, não saberá lidar com questões do século 21. Feita a ressalva, não custa perguntar aos manifestantes por […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 06h41 - Publicado em 13 mar 2013, 22h14

Têm razão os inconformados com a escolha do deputado Marco Feliciano para a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Uma cabeça estacionada no século 19, constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, não saberá lidar com questões do século 21. Feita a ressalva, não custa perguntar aos manifestantes por que só agora lhes bateu a ideia de sair às ruas com um nariz de palhaço, cartazes com inscrições indignadas e a expressão transida de horror. Feliciano merece. Mas há gente que merece isso tudo e muito mais.

Fernando Collor, por exemplo, pediu e levou a presidência da Comissão de Relações Exteriores do Senado, há poucos anos, sem que se vislumbrasse uma única exclamação de espanto. Enquanto o chefe da bancada do cangaço sorria na festa de posse, o deputado João Paulo Cunha arreganhava os dentes para os fotógfrafos que registraram a instalação do mensaleiro juramentado na presidência da Comissão de Constituição e Justiça. O mandato terminou, mas o gatuno condenado à gaiola pelo Supremo Tribunal Federal continua por lá. É um dos representantes do PT. Outro é José Genoíno, companheiro de partido e, em breve, vizinho de cela.

Onde estavam os manifestantes deste março março quando o comando da Comissão de Meio Ambiente foi entregue ao senador Blairo Maggi, do PR de Mato Grosso? Qualquer remanescente de espécies em extinção sabe que, pelo que andou fazendo na Amazônia, o Marechal da Motosserra é mesmo capaz de plantar soja até nos Andes. Mas a afronta foi engolida sem engasgos por brasileiros que só não aceitam o pastor acorrentado a preconceitos medievais. Só o parlamentar do PSC paulista não pode.

Renan Calheiros na presidência do Senado? Pode. Henrique Alves na presidência da Câmara? Pode. Gabriel Chalita na Comissão de Educação? Pode. Isso para ficarmos nas fronteiras do Congresso. Do outro lado da Praça dos Três Poderes, tudo é permitido. Dilma Rousseff pode fingir, disfarçada de presidente da República, que usa o cérebro para pensar. E pode fazer o que quiser. Até presentear com ministérios 39 patetas que escolheu para ajudá-la a complicar o país.

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