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O mundo não vai acabar. Acho

Seria Lula algum personagem mitológico, ser acima do bem e do mal e que, se condenado e não puder concorrer à Presidência, o país será riscado do mapa?

Por Marli Gonçalves
Atualizado em 30 jul 2020, 20h36 - Publicado em 21 jan 2018, 15h30

Marli Gonçalves

Publicado na Coluna de Carlos Brickmann

Estão fazendo um carnaval tentando por os blocos na rua, mostrar-se todos bem assanhados, rebolando na boquinha de um tribunal. Digam-me sinceramente: na real, o que é que esse julgamento, o primeiro dos muitos de Lula que ainda teremos o prazer de ver e rever, mudará na sua vida? Por que tanta papagaiada em torno disso, como se fosse um caso de vida ou morte, mundialmente relevante, um episódio histórico de primeira grandeza? Se condenado pelos desembargadores, condenado, acaso o ex-presidente irá para uma cadeira elétrica, uma guilhotina? Ou ficar apenas sem mais uma candidatura servida como sobremesa?

Acaso Lula foi eleito por antecipação, aclamação, bons serviços prestados à pátria, como justa premiação por ter concedido à nação a chance de aguentar Dilma? Seria ele alguma espécie em extinção (o que, pensando bem, poderia ser bom) ? Um Messias, ou Bessias? Seria Lula algum personagem mitológico, acima do bem e do mal. Se  condenado e não puder concorrer à Presidência, o país será riscado do mapa? Se confirmada a sentença de Sérgio Moro, nossa democracia estará em risco?

As maluquices não param. Transmissão ao vivo via YouTube, telões em praças, governadores pedindo tropas, manifestações antes, durante e depois da sessão do tribunal, chuvas de abaixo-assinados — falta alguma coisa. Só falta combinarem cor de roupa pró e contra, adereços de mão, pintura tribal.

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Até quando teremos de ver e ouvir as patacoadas e reinações de Narizinho, que agora preside o impoluto PT, em suas desesperadas tentativas  de isentar o ex-presidente do triplex na prainha que ainda nem é o Sítio do Pica-Pau amarelo, ou melhor, o sítio em Atibaia, outro capítulo dessa interminável novela?  E Lindbergh, o Lindinho, senador meia-boca, paraibano eleito pelo Rio de Janeiro? Esse continuará a ser conhecido como como um ex-líder estudantil cara pintada que conclama, insinua, ameaça, se esgoela buscando frases de efeito para espalhar um clima de guerra, como se o caso pudesse mesmo gerar alguma grande mobilização popular. De qual planeta essa gente desembarcou? Estão doidos?

Para onde se olha (com exceção das quilométricas filas dos postos de saúde engrossadas por quem exige vacina até sem precisar), só se vê gente falando desse  julgamento. A conhecida ignorância nacional é estimulada por notícias falsas, boatos e ameaças que não poupam sequer os três juízes que decidirão o placar em Porto Alegre. Para agravar o terrorismo e infernizar nossas vidas, o WhatsApp é usado sem qualquer moderação, retransmitindo sandices que incluem adorações de bolsonaros, perigosos para a democracia e a nossa saúde mental.

Julgamentos podem ser incríveis, emocionantes, mobilizadores, desde que os crimes sejam singularmente ricos nos roteiros, detalhes e autores. Esse que teremos nesta semana envolve casos de corrupção sórdida e miséria humana, que revelam projetos pessoais de poder e riqueza, ornamentados por tríplex na praia, pedalinhos e outras pérolas de gosto duvidoso, tudo conquistado às nossas custas.

E é só a primeira temporada dessa série.

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