Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Augusto Nunes Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Coluna
Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

O milagre da multiplicação dos descontentes deixou grogue o recordista de pesquisa

Ainda atônito com o milagre da multiplicação dos descontentes, que transformou os 4% das pesquisas fabricadas em 54% dos votos válidos, o presidente Lula decidiu que, para avançar no segundo turno, o palanque de Dilma Rousseff precisa voltar a 2006. “Temos que tirar o foco do aborto e discutir a questão das privatizações”, ordenou o […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 14h00 - Publicado em 7 out 2010, 20h46

Ainda atônito com o milagre da multiplicação dos descontentes, que transformou os 4% das pesquisas fabricadas em 54% dos votos válidos, o presidente Lula decidiu que, para avançar no segundo turno, o palanque de Dilma Rousseff precisa voltar a 2006. “Temos que tirar o foco do aborto e discutir a questão das privatizações”, ordenou o Mestre a seus devotos. A ideia só confirmou que um campeão nocauteado não deve tomar a iniciativa quando ainda está grogue. Antes que alvejasse José Serra com as invencionices forjadas há quatro anos para confundir o eleitorado e derrotar Geraldo Alckmin, foi devolvido à lona pela ofensiva da oposição.

Com o ânimo combatente que faltou no primeiro turno, Serra elogiou Fernando Henrique Cardoso, defendeu enfaticamente a abertura das telecomunicações e registrou que Lula, que teve oito anos para estatizar o que não deveria ter sido privatizado, leiloou dois bancos. Ao lado de Serra, o senador Aécio Neves deu o tom do segundo turno, como registra com o brilho habitual o colunista Ricardo Setti. Numa frase, resumiu o que Dilma ouvirá nos debates do segundo turno caso obedeça à ordem do chefe: “Se eles condenam as privatizações, estão dizendo a cada cidadão brasileiro que pegue o celular e jogue na lata de lixo mais próxima”, avisou Aécio.

“Temos que mostrar que existem dois projetos, e que um deles representa o passado”, disse Lula para justificar a retomada da lengalenga de 2006. As mudanças ocorridas no governo de Fernando Henrique Cardoso, como atestam os números reproduzidos na seção Feira Livre, tornaram o Brasil bem mais moderno. O que lembra o tempo das cavernas é o país das estatais corrompidas, ineptas e aparelhadas que Lula preside.

Nos últimos oito anos, foi instituída oficiosamente a política do arrendamento e da privatização bandida. Os Correios, por exemplo, estão arrendados ao PMDB. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal passaram ao controle do PT. A Eletrobrás foi anexada à capitania hereditária explorada pela Famiglia  Sarney. E a Casa Civil foi privatizada pela família de Erenice Guerra, braço-direito e melhor amiga de Dilma Rousseff. Virou covil particular.

Continua após a publicidade

As declarações de Serra e Aécio confirmam que os líderes do PSDB finalmente ajustaram o discurso à partitura composta por milhões de oposicionistas que enfrentam sem hesitações a Era da Mediocridade. Nos duelos com Dilma, Serra tem o dever de atacar primeiro. Em vez de esperar que a adversária lhe atribua a ideia de privatizar a Petrobras, por exemplo, o candidato tucano deve exigir que ela explique o arrendamento da empresa petroleira a um condomínio liderado pelo PT.

Em seguida, é só perguntar a Dilma se é verdade que pretende estatizar a telefonia. Se a Doutora em Nada disser que não, estará endossando as mudanças implantadas no governo de FHC. Se disser que sim, será condenada ao naufrágio nas urnas.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.