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O medo da vaia esvazia a tribuna de honra do Maracanã: Lula refugiou-se na África e Dilma resolveu ficar escondida em casa

ATUALIZADO ÀS 18:17 Em silêncio sobre o caso Rose há 217 dias, faz 23 que Lula não abre a boca em público sobre as manifestações de rua que vêm ocorrendo em centenas de cidades desde 6 de junho. E vai continuar fugindo do assunto enquanto puder. Nesta sexta-feira, depois de permanecer enfurnado algumas semanas no […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 05h53 - Publicado em 30 jun 2013, 19h37

ATUALIZADO ÀS 18:17

Em silêncio sobre o caso Rose há 217 dias, faz 23 que Lula não abre a boca em público sobre as manifestações de rua que vêm ocorrendo em centenas de cidades desde 6 de junho. E vai continuar fugindo do assunto enquanto puder. Nesta sexta-feira, depois de permanecer enfurnado algumas semanas no Instituto Lula, o maior dos governantes desde Tomé de Souza tratou de afastar-se de problemas novos ou antigos a jato.

Jatinho, para ser mais preciso. A bordo de um deles, cedido por um dos patrões do camelô de empreiteiros, caiu fora do país que perdeu a paciência com os vendedores de fumaça que arquitetaram a farsa do Brasil Maravilha. Como informa a coluna do meu irmão Ricardo Setti, o palanque ambulante foi tapear plateias na África. Nos países explorados por ditadores companheiros, as balas que reprimem manifestações contra o governo não são de borracha.

Além de escondê-lo de perguntas sobre o caso de polícia em que se meteu ao lado da segunda-dama Rosemary Noronha, e de poupá-lo de caçar explicações para a onda de descontentamento que varre o paraíso imaginário, a viagem livrou o foragido do dilema que atormentou a presidente Dilma Rousseff, o governador Sérgio Cabral  e o prefeito Eduardo Paes: ir ou não ir ao Maracanã neste domingo.

Os três ases das urnas alegaram que, antes de anunciar o que fariam, precisavam saber o que pretendiam fazer os manifestantes que vão protestar nas ruas do Rio contra a afrontosa gastança do bando que surfa na Copa da Ladroagem. Conversa fiada: o que angustia os parceiros é a certeza de que nenhum escaparia da surra sonora aplicada por milhares de brasileiros que não embarcaram no conto da “pátria de chuteiras”.

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Neste sábado, Dilma enfim revogou a bravata recitada no mesmo dia em que a multidão aglomerada no Mané Garrincha mostrou o que acha do seu desempenho. Vai ver pela TV o jogo entre o Brasil e a Espanha. Foi aconselhada a ficar em casa pelas lembranças do vexame na abertura da Copa das Confederações, pelo clamor das ruas e pela pesquisa divulgada pelo Datafolha.

Como também aconselhou a chefe a manter distância da zona perigosa, é provável que Sérgio Cabral prefira torcer pela Seleção em companhia da família — e convide Eduardo Paes para dividir um sofá. Dias atrás, os desertores enxergavam a oitava maravilha do mundo no estádio reformado por absurdos 1,2 bilhão de reais. Se soubessem da fuga planejada por Lula, todos teriam disputado a pontapés uma vaga no jatinho.

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, será vaiado sozinho. No Maracanã superlotado, a tribuna de honra terá lugar sobrando. É mais uma prova contundente de que os governantes lulopetistas e seus comparsas só protagonizam demonstrações de bravura em combate quando enfrentam a lei, a ética e os cofres públicos. Longe de multidões sem medo.

 

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