Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Augusto Nunes Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Coluna
Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

O jornalismo chapa-branca nasceu com a imprensa, mas nunca foi tão descarado

No meio do Roda Viva com Orestes Quércia,  um dos entrevistadores limpou a garganta com um pigarro, caprichou na pose de inquisidor implacável e preveniu o alvo sentado no centro da arena: ─ Governador, vou fazer uma provocação. Tensão no estúdio. Jornalistas se entreolham, intrigados. O entrevistado fica com o costado em riste enquanto agarra […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 10h36 - Publicado em 1 out 2011, 09h31

No meio do Roda Viva com Orestes Quércia,  um dos entrevistadores limpou a garganta com um pigarro, caprichou na pose de inquisidor implacável e preveniu o alvo sentado no centro da arena:

─ Governador, vou fazer uma provocação.

Tensão no estúdio. Jornalistas se entreolham, intrigados. O entrevistado fica com o costado em riste enquanto agarra com as mãos os dois braços da cadeira. O provocador, que trabalhara na assessoria de imprensa do Palácio dos Bandeirantes, emposta a voz e vai à luta:

─ Como o senhor se sente ao saber que é considerado o melhor governador que São Paulo já teve?

Continua após a publicidade

A provocação era um elogio, espantei-me, já rabiscando um bilhete que chegou no intervalo às mãos do apresentador Jorge Escosteguy, meu  amigo e companheiro de redação de VEJA. Tinha uma frase só: “A provocação que acabamos de ouvir comprova que certas demonstrações de pusilanimidade exigem muito mais coragem do que qualquer ato de bravura na mais terrível das guerras”.  Escosteguy caiu na gargalhada e respondeu em voz alta: “Bota coragem nisso!”

A imprensa chapa-branca sempre existiu, mas naquela época poucos jornalistas oficiais ousavam ir tão longe quanto o entrevistador de Quércia. Pelo menos com gente vendo eram bem mais contidos, ou muito menos descarados do que os que andam confraternizando com a presidente Dilma Rousseff. Nesta quinta-feira, por exemplo, a dupla escalada pelo programa Hoje em Dia, da TV Record, transformou Patrícia Poeta num monumento à agressividade.

Sempre atento, Celso Arnaldo Araújo acompanhou o palavrório que adoçou com perguntas a favor e deslumbrados pontos de exclamação o café da manhã cenográfico. O texto do nosso grande caçador de cretinices está na seção História em Imagens, ilustrado por um vídeo de 2min17. Veja o bate-bola da trinca. Parece mentira. Lamentavelmente para o Brasil que pensa, é tudo verdade.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.