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O calote aplicado em quem paga imposto pelo governo que empresta dinheiro até ao FMI

O presidente Lula tem aparecido pouco no emprego para dedicar-se em tempo integral a uma urgência urgentíssima: cumpre-lhe ensinar ao resto do mundo como se faz para matar ainda no berço uma crise econômica medonha. Graças ao timoneiro incomparável, vem aprendendo o planeta, o país do carnaval foi o último a ser alcançado pelas ondas de fabricação americana, o único a surfar […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 16h42 - Publicado em 8 out 2009, 19h13

O presidente Lula tem aparecido pouco no emprego para dedicar-se em tempo integral a uma urgência urgentíssima: cumpre-lhe ensinar ao resto do mundo como se faz para matar ainda no berço uma crise econômica medonha. Graças ao timoneiro incomparável, vem aprendendo o planeta, o país do carnaval foi o último a ser alcançado pelas ondas de fabricação americana, o único a surfar numa marolinha e o primeiro a chegar à praia, onde prospera sem companhia.

“Saímos da crise melhor do que estávamos quando entramos”, ufana-se há semanas o maior dos presidentes. O Brasil não tem pressa para receber o dinheiro que emprestou ao FMI, o Banco Central não sabe o que fazer com tanto dólar, sobram verbas para a Copa de 2014, para a Olimpiada de 2016, para a renovação do contrato com a base alugada, para buscar o mundaréu de petróleo no fundo do mar, para o que der e vier. Há dinheiro para tudo.

Menos para devolver a milhões de lesados o que o Imposto de Renda cobrou a mais, informou  a manchete da Folha de S. Paulo nesta quinta-feira. Dos R$ 15 bilhões que o governo deve, e jurou restituir antes que o ano termine, R$ 3 bilhões ficarão para 2010.  O calote golpeou sobretudo trabalhadores da classe média, que não terão dinheiro para pagar as próprias contas porque estão pagando as contas do governo sem fundos.

“Tivemos de compensar uma arrecadação menor”, gaguejou sem o sorriso de guardião do cofre e com voz de gazua o ministro Guido Mantega, encarregado por Lula de executar a tunga em parceria com a Receita Federal. Depois de algumas horas de sumiço, reapareceu para tentar iludir em economês os enganados de sempre. “O que nós fazemos é priorizar a restituição daqueles contribuintes sem problemas, que não estão na malha fina”, fantasiou. “Também privilegiamos as restituições menores, que se supõe que sejam de uma faixa salarial mais baixa”.

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Por confundir a mudez que vem do espanto com o silêncio de quem consente, Mantega resolveu fingir na conversa com os jornalistas que acha estranho tanto barulho por nada.  “Não sei por que estão chamando a atenção para esta questão. Estamos agindo normalmente em relação a isso”.  Os tungados acham normal que o governo se comporte como o remediado metido a besta, sempre caprichando na pose de rico comprometida pelo paletó puído. Assim tem sido há quase sete anos. Mas só um anormal de ofício pode querer que milhões de pagadores achem normal o calote que, segundo Mantega, foi aplicado para bancar o prejuízo causado por uma crise que, segundo Lula, não só acabou faz tempo como melhorou o Brasil.

É isso o que Mantega quer. É disso que Lula gosta. E isso é o que jamais terão dos brasileiros que existem fora do rebanho.

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