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Nossos socialistas de galinheiro ainda não perceberam que os cubanos isolados na ilha-presídio vão descobrir o tamanho da tapeação: o inferno capitalista é muito mais agradável que o paraíso comunista

Não batem bem da cabeça devotos de uma seita que tem em Lula seu único deus, enxerga em FHC um demônio disfarçado de sociólogo e debita na conta da elite golpista (entidade formada exclusivamente por loiros de olhos azuis) todos os males do Brasil, passados, presentes e futuros. Só mentes em desordem conseguem berrar amém […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 02h26 - Publicado em 19 dez 2014, 18h32

capaveja obama

Não batem bem da cabeça devotos de uma seita que tem em Lula seu único deus, enxerga em FHC um demônio disfarçado de sociólogo e debita na conta da elite golpista (entidade formada exclusivamente por loiros de olhos azuis) todos os males do Brasil, passados, presentes e futuros. Só mentes em desordem conseguem berrar amém a todas as cantilenas cafajestes dos celebrantes de missas negras, concebidas para ensinar que, como os fins justificam os meios, não existem pecados nem abaixo nem acima da linha do equador. Só ovelhas com defeitos de fabricação insanáveis podem ser tão subservientes a sinuelos sem siso e pastores sem vergonha.

Nada que venha de gente assim deveria surpreender brasileiros ajuizados. Mas o rebanho não para de expandir as fronteiras da vigarice e do oportunismo com manifestações de idiotia que surpreendem seres normais. O surto da semana foi provocado pela iminente normalização das relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos, tema da reportagem de capa de VEJA. Para o início do carnaval temporão da companheirada, bastou que o presidente dos EUA prometesse lutar pela imediata  suspensão do bloqueio econômico ─ uma velharia que, se a decisão da Casa Branca for aprovada pelo Congresso, enfim descansará em algum museu da Guerra Fria.

Na terça-feira, os stalinistas de galinheiro que rosnam por aqui continuavam sonhando com a destruição do imperialismo ianque e a globalização da maravilha comunista inaugurada pelo ditador de Adidas e aperfeiçoada pelo caçula mais velho do planeta. Na quarta, todos os adoradores da ilha-presídio festejaram o noivado de Barack Obama com Raúl Castro. De um dia para o outro, o que era o Grande Satã norte-americano virou o vizinho que todo país pede a Deus. Nada como a reconciliação entre o socialismo revolucionário e o capitalismo selvagem para abrir um sorriso de orelha a orelha na cara de todo órfão do Muro de Berlim.

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Nos anos 50, quando Fidel Castro lutava pelo poder, havia em Cuba um ditador cleptocrata a derrubar, uma economia asfixiada pela monocultura da cana e prostitutas demais em Havana. Na segunda década do século 21, há prostitutas demais na ilha inteira, um oceano de canaviais afogando a economia e uma ditadura comunista a sepultar. Vai cair de madura com o fim do bloqueio. Está chegando ao fim o prazo de validade da última desculpa para as misérias da ilha algemada por liberticidas desde 1959.

Os cubanos não demorarão a descobrir que o inferno capitalista é infinitamente mais agradável que o paraíso inventado pelos irmãos Castro. Se a ditadura resolver enquadrar os seduzidos pelo mundo civilizado, ninguém terá de fugir de Havana e enfrentar a perigosa travessia do Caribe. A embaixada americana estará logo ali.

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