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Na reunião com o parceiro da OAS, Lula provou que faria bonito num duelo de botequim com Jânio Quadros

Com uma garrafa de cachaça e 15 cervejas, o craque de Atibaia já ameaça o recorde da fera do Guarujá: 20 latas de cerveja, 11 cálices de vinho do Porto e seis copos de caipirinha

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 22h13 - Publicado em 29 jul 2016, 07h44

beberrao

Ainda no primeiro mandato, Lula botou na cabeça que só Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek poderiam ser equiparados a uma sumidade que, nascida no Agreste pernambucano, chegara à Presidência sem ter lido um único livro e sem saber escrever. Já no início do segundo mandato, mandou a modéstia às favas e concedeu-se o título de maior dos governantes desde Tomé de Souza. Depois do pré-sal, passou a imaginar-se na cabeceira da mesa reservada aos brasileiros pelos organizadores do jantar anual da Associação Internacional de Estadistas, com Getúlio e JK mendigando conselhos ao fundador do Brasil Maravilha.

Lula nasceu para dividir com Jânio Quadros uma mesa de botequim, confirmou nesta quinta-feira a reportagem publicada no site de VEJA sobre uma reunião no sítio de Atibaia entre o arquiteto Paulo Gordilho, representante da OAS, e o dono da propriedade rural que não é dele. Oficialmente, Lula e Gordilho se reuniram para tratar da reforma do sítio.  Mensagens capturadas no celular do arquiteto, endereçadas a um amigo, revelaram que a dupla mais bebeu do que conversou.

“Bebemos eu e ele uma garrafa de cachaça da boa Havana mineira e umas 15 cervejas”, espantou-se Gordilho numa das mensagens que resumem o que aconteceu. Embora nem se atrevesse a acompanhar o ritmo do craque,  o arquiteto confessou em outro recado que seria reprovado com louvor caso tivesse enfrentado o teste do bafômetro. “Cheguei aqui cambaleando”, informou, decerto sem saber em qual aqui havia chegado. Para alívio do amigo, ressalvou que já não estava dirigindo o carro.

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O teor das mensagens remeteu-me de novo a 28 de maio de 1980, o dia em que bebi com Jânio Quadros. De volta da Europa num cargueiro norueguês, o ex-presidente passou a ser acompanhado pelo repórter Jomar Moraes a partir de São Sebastião, última escala antes do desembarque em Santos e a viagem de carro até a casa em Guarujá. Entre um porto e outro, o ilustre passageiro traçou 20 latas de cerveja dinamarquesa.

Mas a sede não passou. “O homem é fera”, murmurou o abstêmio Jomar quando cheguei ao Guarujá em companhia do fotógrafo Pedro Martinelli. “Ele bebeu seis copos americanos de caipirinha durante o almoço”, impressionou-se o repórter, que começara a ficar assombrado ao testemunhar a notável performance no navio. Encontrei nosso entrevistado no início da tarde, quando Jânio entrou no escritório onde o esperávamos empunhando uma garrafa de vinho do Porto.

Convidou-me a acompanhá-lo. Pedi uísque. Nas três horas seguintes, a fera do Guarujá engoliu 11 cálices de vinho (dos grandes) como quem se refresca com água mineral. Fui nocauteado pela sexta dose de uísque. Saí do local da entrevista cambaleando como Gordilho. Ambos perdemos para dois campeões que, lastimavelmente, pertencem a gerações distintas. Como seria um tira-teima em campo neutro? Quem proporia primeiro a interrupção do duelo? A plateia, certamente.

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