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Na novilíngua companheira, o oportunismo incurável virou ‘metamorfose ambulante’

Na discurseira em Dakar, onde baixou no começo de fevereiro para animar a plateia amestrada do Forum Social Mundial, a metamorfose ambulante informou que o Lula do primeiro mandato não tem nada a ver com o Lula do segundo. O presidente de 2003, por exemplo, enxergou no ditador egípcio Hosni Mubarak  “um homem preocupado com […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 12h45 - Publicado em 23 fev 2011, 19h32

Na discurseira em Dakar, onde baixou no começo de fevereiro para animar a plateia amestrada do Forum Social Mundial, a metamorfose ambulante informou que o Lula do primeiro mandato não tem nada a ver com o Lula do segundo. O presidente de 2003, por exemplo, enxergou no ditador egípcio Hosni Mubarak  “um homem preocupado com a paz no mundo, com o fim dos conflitos, com o desenvolvimento e com a justiça social”. O país demorou oito anos para saber que mudara de ideia.

Com exceção da ONU e dos Estados Unidos, garantiu em Dakar, “todo mundo sabia há muito tempo que era preciso voltar a democracia no Egito”. Vá mentir assim no Senegal, ordena o post de maio de 2009 republicado na seção Vale Reprise. O texto trata do acordo celebrado entre o Brasil e o Egito para transformar em secretário-geral da UNESCO o ministro da Cultura de Mubarak, Farouk Hosni, um antissemita de carteirinha cujo currículo incluía a queima de livros escritos em hebraico.

Para reafirmar a amizade entre Lula e o ditador preocupado com a justiça social, o chanceler Celso Amorim dinamitou a candidatura do brasileiro Márcio Barbosa, até então o franco favorito. “Há um acordo entre nossos países, e isso está acima da nacionalidade dos eventuais concorrentes”, recitou Amorim. O acordo que estava acima do lugar de nascimento determinava que o escolhido seria um candidato nascido no Egito.

A leitura do post prova que em setembro de 2009, quando os dois parceiros choraram juntos a derrota de Farouk Hosni, o governo brasileiro não estava entre os  que sabiam que “era necessário voltar a democracia no Egito”. Há pouco mais de um ano, portanto, continuavam em vigor os elogios feitos por Lula a Mubarak em 2003. Os fatos reiteram que Celso Amorim é apenas um vassalo pronto para executar a mais abjeta das ordens, e que Lula é um eterno candidato sem compromisso com a verdade e a serviço de si mesmo. Metamorfose ambulante é a expressão adotada pela novilíngua companheira para não deixar tão mal no retrato um oportunista incurável.

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