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Por Coluna
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Moro, o gênio do mal

Teorias da conspiração em excesso podem acarretar sérios danos à saúde mental

Por Erika Diniz
Atualizado em 30 jul 2020, 20h11 - Publicado em 6 nov 2018, 10h31

Erika Diniz (publicado no Jornal da Cidade)

Há quatro anos, numa tarde chuvosa, Moro sentia-se entediado com seu trabalho. Ao invés de pedir uma remoção, resolveu engendrar uma grande operação, a pretexto de combater a corrupção no país, mas que na verdade teria o único objetivo de condenar e prender o ex Presidente Lula, alijando-o da disputa eleitoral.

Assim agindo, esperava obter um cargo no novo governo eleito.

Nem Aécio, nem Dilma, pensou ele, o próximo Presidente será o deputado Jair Bolsonaro, mas para isso Lula não deve disputar a eleição!

Procurou, então, a sede da Polícia Federal. Orientou centenas de agentes a forjarem provas, depoimentos, testemunhas e laudos para que o ex Presidente fosse condenado criminalmente.

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“Mas por que faríamos isso?”, perguntaram os agentes em coro.

“Porque quero um cargo no novo governo a ser eleito”

Achando justa a pretensão do magistrado, as centenas de agentes passaram a forjar as provas.

A seguir, Moro procurou o Ministério Público e orientou os procuradores a oferecerem denúncia sem provas, já que pretendia obter o tal cargo.

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Os procuradores acharam razoável a ideia do Juiz e ofereceram a denúncia, sem qualquer prova.

Não era suficiente. Moro sabia que a sentença condenatória deveria ser mantida em Segunda Instância.

Há 27 desembargadores no TRF4, mas Moro sabia em qual Câmara o recurso contra sua sentença seria julgado. Procurou os desembargadores e os avisou.

Sei que minha sentença condenou o réu sem provas, mas os senhores devem mantê-la tal como está, porque quero um cargo político no próximo governo.

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Entusiasmados com a ideia, os desembargadores não apenas mantiveram a sentença condenatória sem provas,mas também exasperaram a penalidade imposta.

Mas… não era suficiente.

Moro sabia que seria interposto recurso no STF.

Incansável, comprou passagens e rumou para Brasília.

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Reuniu todos os ministros e foi direto ao ponto:

“Os senhores deverão manter minha sentença e também alterar a jurisprudência da Corte, para que seja admitida a prisão após condenação em Segunda Instância, porque quero um cargo no próximo governo, quiçá o de Ministro da Justiça!”

Os ministros pensaram consigo: “Lascou-se! Se esse juiz de Primeira Instância quer tanto o Ministério da Justiça, vai acabar conseguindo. Melhor fazermos logo o que ele quer, para não haver indisposição com o futuro Ministro da Justiça!”.

Se você achou essa história plausível, a questão não é mais política, mas psiquiátrica.

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Procure um médico.

Teorias da conspiração em excesso podem acarretar sérios danos à saúde mental.

*Erika é juíza de direito no Tribunal de Justiça de São Paulo

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