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Michel Temer no Roda Viva: Meu sonho é que, daqui a dois anos, o povo olhe para mim e diga ‘esse sujeito colocou o Brasil nos trilhos’

A pauta de assuntos incluiu a crise econômica, as relações com o Legislativo e o Judiciário, a PEC do Teto, a Operação Lava Jato e o tratamento a aliados acusados de corrupção

Por Branca Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 21h20 - Publicado em 15 nov 2016, 16h11

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O entrevistado do Roda Viva desta noite foi Michel Temer, presidente da República. Formado em Direito pela Universidade do Largo de São Francisco, Temer foi deputado federal por seis mandatos consecutivos e presidiu a Câmara por três vezes. Eleito em 2010 vice-presidente na chapa encabeçada por Dilma Rousseff, reelegeu-se em 2014. Em agosto deste ano, com a decretação do impeachment, ele assumiu em definitivo a chefia do Poder Executivo, que exercia interinamente desde o afastamento provisório de Dilma pelo Congresso.

Gravada na sexta-feira no Palácio da Alvorada, a entrevista ao Roda Viva foi a mais longa e abrangente concedida pelo presidente da República. A pauta de assuntos incluiu a crise econômica, as relações com o Legislativo e o Judiciário, a PEC do Teto, a Operação Lava Jato, as reformas previdenciária, trabalhista e tributária, a reeleição, o tratamento a aliados acusados de corrupção, os mais graves problemas que herdou do governo anterior, o caso de amor entre Michel e Marcela Temer e o romance que planeja escrever. Confira alguns trechos da entrevista:

“O Romero Jucá ainda não teve sua morte política decretada, nem sua morte civil. Nós no Brasil estamos muito acostumados com isso: Se alguém fala de outrem, imediatamente há uma  condenação prévia. O Jucá deixou o governo porque quis, eu não o demiti. Os demais ministros que deixaram o governo também o fizeram por conta própria. Jucá, além de estar com todos os seus direitos políticos preservados, é capaz de uma articulação extraordinária. Não vejo razão para não exercer a liderança do governo”.

“Já descartei a reeleição inúmeras vezes. Cheguei à Presidência pela via não só eleitoral, mas especialmente constitucional, porque foi a Constituição que determinou que, em face do impedimento da senhora ex-presidente eu deveria assumir. Em condições dificílimas, com o país quase a beira de um precipício econômico. Meu sonho é trilhar esses dois anos e dois meses e, ao final, o povo olhar para mim e dizer ‘esse sujeito colocou o Brasil nos trilhos’”.

“Sempre falo em reconstitucionalizar o país, porque as nossas instituições estão inteiramente desprezadas”.

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“Desde que assumi como interino fiz uma aproximação grande com o Congresso. Numa democracia é preciso governar junto com o parlamento. Você precisa desse apoio para garantir a governabilidade”.

“O Marcelo Odebrecht foi ao Palácio do Jaburu dizendo que queria colaborar com as campanhas de políticos do PMDB e que iria aportar R$ 10 milhões para o partido. Os empresários não apreciam dar o dinheiro diretamente para o candidato, eles querem fazer pelo diretório nacional. Quando você pega a prestação de contas do PMDB, os R$ 10 milhões da Odebrecht estão lá. Mas não existiu aquela história  de que R$ 6 milhões desse dinheiro foi para o Duda Mendonça . Temos toda a comprovação do que entrou e do que saiu. Não tenho nenhuma preocupação com isso”.

“A paridade entre as previdências do setor público, do setor privado e da classe política virá com a aprovação da proposta de readequação previdenciária. Está prevista, já examinei e aprovei. Não há razão para essa diferenciação”.

“Aprovamos um Orçamento para 2017 levando em conta o teto de gastos. É como se a PEC já tivesse sido aprovada. No Orçamento deste ano, os aumentos para as categorias funcionais foram contratados por escrito no governo passado”.

“Eu não só fui eleito com a presidente, como fomos eleitos por força de uma conjugação do PMDB com o PT. Uma aliança eleita por pouco mais de 3,2 milhões de votos. A minha presença na chapa assegurou o apoio de 23 ou 24 estados da federação. Se o PMDB não estivesse lá, talvez metade dos votos tivessem ido para outro candidato. Então eu tenho legitimidade”.

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“Há mais de 2 anos e meio não se fazia a revisão do auxílio doença. Com isso, calculamos que haverá uma economia de R$ 7 bilhões. Isso de certa forma surpreendeu pela inapetência administrativa”.

“Estou convencido de que o parlamentarismo é o sistema mais útil para o país”.

“Espero que se, houver acusações contra o ex-presidente Lula, que elas sejam processadas com naturalidade. Mas se você me perguntar ‘se o Lula for preso, isso causa instabilidade?’ Acho que sim, porque haverá protestos de movimentos sociais. Uma prisão do Lula pode criar problemas, não tenho dúvidas”.

“Não gosto de olhar para o meu retrato na parede, porque parece que eu já morri. Mas estão insistindo tanto para que eu coloque o retrato como presidente, como simbologia, que estou pensando no assunto”

A bancada de entrevistadores reuniu os jornalistas Willian Corrêa (diretor de Jornalismo da TV Cultura), Eliane Cantanhêde (colunista do Estadão), João Caminoto (coordenador de Jornalismo do Grupo Estado), Ricardo Noblat (colunista político do Globo) e Sérgio Dávila (editor-executivo da Folha). O programa foi transmitido pela TV Cultura.

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