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Mãe do PAC protagoniza o parto mais demorado de todos os tempos

A Dilma Rousseff dona-de-casa talvez decida sem hesitações quando se reúne com a cozinheira para combinar o  cardápio da semana.  A Dilma Rousseff ministra talvez esbanje agilidade na hora de designar funcionários da Casa Civil para serviços complicados  ─ a fabricação de um dossiê fraudado, por exemplo. A Dilma Rousseff mãe do PAC ameaça implodir a imagem de rápida no gatilho que amigos e companheiros tentam vender […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 17h31 - Publicado em 2 jun 2009, 18h15

A Dilma Rousseff dona-de-casa talvez decida sem hesitações quando se reúne com a cozinheira para combinar o  cardápio da semana.  A Dilma Rousseff ministra talvez esbanje agilidade na hora de designar funcionários da Casa Civil para serviços complicados  ─ a fabricação de um dossiê fraudado, por exemplo. A Dilma Rousseff mãe do PAC ameaça implodir a imagem de rápida no gatilho que amigos e companheiros tentam vender desde janeiro de 2003. Dois anos depois da gravidez anunciada pelo presidente Lula, permaneciam no ventre 97% das 10.914 obras agrupadas no Plano de Aceleração do Crescimento.  Só 319 filhotes choravam no berço ou já engatinhavam.

Se é que será consumado, trata-se do parto mais demorado de todos os tempos: pelo balanço divulgado no fim de semana pelo jornal O Estado de S. Paulo, é mais fácil encontrar um entrevistado por institutos de pesquisa que um  trabalhador dando duro num canteiro de obras do PAC.  Dos R$ 646 bilhões separados para antecipar-se o futuro do colosso tropical, só R$ 47,7 bilhões foram liberados. Essa é a soma que tirou do papel os esquálidos 3%.

Em dezembro, 23% das obras estavam “em andamento”.  O restante continuava na linha imprecisa que separa a ficção da realidade. Ali se aglomeram boas intenções, promessas inviáveis,  fantasias caça-votos e urgências urgentíssimas que nascem e morrem na cabeça de governantes sem compromisso com a verdade. É o caso dos  aeroportos anunciados durante o apagão da aviação civil, do trem-bala entre o Rio e São Paulo, dos presídios de segurança máxima que ficariam prontos até 2006, da ressurreição das ferrovias assassinadas, da reconstrução das malha rodoviária federal devastada pela inépcia ou a reinvenção do transporte fluvial.

Abstraídos os projetos patrocinados por empresas estatais, comprovou o Estadão, o que resta é quase nada. Tanto basta para que siga em frente, ao som da discurseira do padrinho, a candidatura da mãe do que não há.

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