Lula defende comparsas no sermão da missa negra no Rio
O ex-presidente não acredita, por exemplo, que foi condenado a nove anos e meio de cadeia por corrupção e lavagem de dinheiro, como informou a imprensa
Na última missa negra celebrada no Rio pela procissão dos pecadores sem chances no Juízo Final, o pregador corrupto produziu o fecho perfeito para o Sermão da Vigarice. Zanzando no palanque como um animador de auditório que exagerou ao matar a sede na hora do almoço, Lula assim começou o palavrório: “Eu estou triste com o que está acontecendo. O Rio de Janeiro não merece a crise que ele está vivendo”.
Teria enfim caído a ficha do farsante que nunca soube o que é remorso? Estaria começando o pedido de desculpas do velho comparsa de Sérgio Cabral? Errado. Lula, de novo ─ e como sempre ─ jura que não tem nada com isso. “O Rio de Janeiro não merece… não merece que governadores que governaram este Estado, que foram eleitos democraticamente pelo povo, estejam presos porque roubaram o povo brasileiro. Roubaram o dinheiro público”.
Quem não merece o quê?, perguntam-se os que ouviram a gravação. O Rio é que não merece governantes ladrões ou os governantes ladrões é que não merecem cadeia? A opção correta é a segunda, esclareceu a continuação do falatório. “Eu nem sei se é verdade, eu nem sei se é verdade, porque não acredito em tudo o que a imprensa fala”.
Lula não acredita, por exemplo, que foi condenado a nove anos e meio de cadeia por corrupção e lavagem de dinheiro, como informou a imprensa. Vai acreditar na imprensa quando for noticiado em manchetes que, pela primeira vez, um ex-presidente da República passou a morar nma cela em Curitiba.