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Luiz Felipe Pondé no Roda Viva: “Tem gente que acha que abrir o evangelho e ensiná-lo na sala é pregação, mas abrir o Manifesto Comunista não é. Para mim os dois são”

Os assuntos em debate incluíram religião, política, filosofia, artes, pós-modernidade, angústia, feminismo e sexo

Por Branca Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 22h08 - Publicado em 9 ago 2016, 15h28

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O convidado do Roda Viva desta segunda-feira foi o ensaísta, escritor e filósofo Luiz Felipe Pondé. Formado em filosofia pela Universidade de São Paulo, com doutorado pela USP e pós-doutorado pela Universidade de Telavive, Pondé é um dos mais respeitados pensadores do país e um polemista de fina linhagem. Atualmente, além de assinar uma coluna semanal na Folha, é professor da FAAP, da Unifesp e do curso de pós-graduação da PUC-SP. Com sete livros publicados, escreve sobre temas que vão da religião à política, passando por filosofia, artes, modernidade, pós-modernidade, angústia, feminismo e sexo.

Confira algumas declarações do entrevistado:

“Hoje existe uma suposta evidência de que, se você é um intelectual, você é de esquerda, porque é uma pessoa boa e quer salvar o mundo. Não acredito nisso, é claro. Eu me vejo como um liberal conservador. A sociedade de mercado não é um paraíso, mas é a que melhor produziu riqueza e melhorias da condição material de vida da população”.

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“Não acredito em políticos que querem que o mundo seja da maneira como eles pensam. Esses caras que descobriram como o mundo deve ser, qual é o problema da humanidade, qual o problema da natureza humana, como você deve educar as pessoas para que fiquem melhores… Desconfio de gente que quer salvar o mundo, desconfio de gente bem resolvida, não confio em gente que não tem ciúme, não confio em quem acha que representa o bem. Seja na política, seja na religião”.

“Nas universidades, se você não for fiel ao PT ou qualquer coisa semelhante você é mau, quer que as pessoas passem fome. O que existe na maioria dos cursos de humanas no Brasil é um cerceamento de bibliografia, de autores que vão além de Rousseau ou Marx. O movimento estudantil é extremamente autoritário. Uma das maiores mentiras do mundo é que existe debate na universidade”.

“Sou contra a Escola sem Partido, apesar de reconhecer que existe sim pregação nas escolas. O problema é que essa lei pressupõe certa censura. Se amanhã alguém der aula de darwinismo, pode ser acusado de ensinar o ateísmo. Também não acho que um professor deve ser demitido por emitir determinada opinião”.

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“Tem gente que acha que abrir o Evangelho e ensiná-lo na sala de aula é pregação, mas abrir o Manifesto Comunista não é. Para mim os dois são”.

“Vivemos num mundo de mimados ressentidos. Os homens estão cada vez mais medrosos. Querem ser mais feministas que as feministas e acham que assim vão pegá-las. É preciso sair fora desse clichê feminista, de que tudo o que o homem deseja é machismo”.

“Digo que a felicidade é para iniciantes porque, se você só vive procurando a felicidade, fica meio bobo. A literatura escrita para a felicidade é uma literatura ruim, de baixa qualidade, para quem lê pouco e para quem não consegue lidar com o fato de que a vida talvez não tenha sentido, de que talvez no final a gente se dê mal, de que é difícil confiar nas coisas e nas pessoas. Se você ficar o tempo inteiro obcecado pela felicidade provavelmente não terá nenhuma experiência de felicidade”.

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A bancada de entrevistadores reuniu os jornalistas Luiza Moraes (Jornal da Cultura), Marília Neustein (Estadão), Thais Bilenky (Folha) e Robinson Borges (Valor) e Carol Teixeira, escritora, filósofa e colunista da revista VIP. Com desenhos em tempo real do cartunista Paulo Caruso, o programa foi ao ar pela TV Cultura.

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