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José Nêumanne: Vitória de Pirrilma

Publicado no site de José Nêumanne A derrota de Dilma por 11 votos (38 a 27) na Comissão do Impeachment foi uma demonstração clara de que a avalanche de más notícias para a economia sob o comando dela é o maior estímulo para os deputados agora – e, possivelmente, o fenômeno se repetirá no Senado depois […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 23h01 - Publicado em 14 abr 2016, 17h25

Publicado no site de José Nêumanne

A derrota de Dilma por 11 votos (38 a 27) na Comissão do Impeachment foi uma demonstração clara de que a avalanche de más notícias para a economia sob o comando dela é o maior estímulo para os deputados agora – e, possivelmente, o fenômeno se repetirá no Senado depois – votarem contra suas intenções de ficar no governo até o fim do mandato. O FMI acaba de prever que este ano o Brasil terá recessão recordista de 3,8% de queda do PIB, bem maior do que a da Rússia, segunda colocada neste ranking negativo, que ronda 1%, com nova queda no ano que vem, quando o país de Putin deverá estabilizar sua economia, apesar da guerra com a Ucrânia e as sanções negativas da Europa e dos EUA.

Os CPC dos CDLs mostram um quadro detalhado e mais tétrico da principal consequência disso: 76% dos brasileiros convivem com alguém desempregado e 40% moram com algum trabalhador desocupado. Este cenário de horror reduz cada vez mais o público cativo que frequenta as assembleias sindicais de circo tampa de penico no Palácio do Planalto, que a Vácua Insana transformou em aparelho clandestino de vítimas de um golpe fictício. Isso retrata o aumento da deserção de partidos e parlamentares, que antes se dispunham a vender sua honra e sua representação no brechó montado no hotel ao lado, onde Lulinha Desfaz o Amor paga por votos a favor da afilhada com nosso escasso dinheiro.

Aliás, aproveito para fazer uma pergunta que não quer calar: se tal atividade é feita à luz do sol, o que falta para este delinquente ser preso? A debandada generalizada torna inútil as vitórias festejadas com euforia por Jaques, Giles e Oliva no âmbito da Extrema Impunidade Geral em que se transfigurou o Supremo Tribunal Federal antes do recesso. De nada adiantou Barroso escamotear na leitura de sua argumentação trecho do regimento que negava seu voto dissidente, que terminou vencedor no plenário. A vã canalhice dele virou vitória de Pirro, expressão que batizou a mais recente operação da Lava Jato que prendeu o indefectível “Alcoólico” Gim, o paroquiano mais caridoso do Brasil (o que reforça as fofocas de que teria sido amante da madama).

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Assim como vãos têm sido os palpites tronchos do ministro Marmello, vulgo Pato Rouco, em troca da garantia de um bom futuro que a presidanta deu a sua rebenta feita, desembargadora. Como inócua também parece ter sido a nomeação da filha de Fux, aquela da sabatina com uma pergunta só, feito samba de Tom e Vinicius, já que este, cônscio da vitaliciedade própria e da sucessora, tem votado de forma mais independente do que alguns que antes pareciam não estar dispostos a atender à chefia do desgoverno.

Certo é que de nada adiantou o pálido Pirroso ter tentado favorecer os intuitos mantencionistas de Sua Insolência, de vez que esta agora chama de golpista a comissão de impeachment composta pelos caprichos palacianos e por pústulas vassalas como o Jovem Picciani, que começa a dar sinais de que votará contra sua profana protetora. Mais do que as pedaladas, mais do que a promissora e perigosa proximidade de madama de gentalha como Pepper no cu dos outros é refrigério e do abominável “Alcoólico” Argello, o pão que falta e a água que não sai mais da torneira do trabalhador desempregado é que estão colaborando definitivamente para as perspectivas ufa da vitória do impeachment domingo.

Este já é motivo para ter esperanças de que o fim da desesperança pode começar segunda, se o Renan que lhe calha impeça que o processo avance. Seja como for que esta quarta, mesmo não sendo muito farta, nos traga a todos, e a você também, é claro, bons presságios de que este velório planaltino desemboque o mais breve possível num enterro consagrador.

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