Janot fatiou o quadrilhão do Lula
A descoberta do Mensalão em 2005 fez o governo do PT substituir a distribuição de mesadas pelo loteamento dos cofres públicos
Rodrigo Janot decidiu fatiar a imensidão de larápios que, em harmoniosa parceria, assaltaram cofres públicos entre a descoberta do Mensalão, em 2005, e a entrada em cena da Operação Lava Jato em 2014. Para driblar o camburão, o bando de gatunos no poder trocou a distribuição de mesadas pelo loteamento entre os partidos da base alugada de todos os ministérios, empresas estatais e demais ramificações da máquina administrativa. Nenhum galho da frondosa árvore federal escapou dos saqueadores.
A delimitação das capitanias de cada legenda consolidou a montagem do maior esquema corrupto de todos os tempos. Para garantir o bom andamento do serviço sujo, cada uma escolheu seus comandantes, mas todas tiveram a autonomia limitada pelos onipresentes representantes do sócio majoritário. Até que viesse o racha decretado pelo impeachment de Dilma Rousseff, ninguém agiu sem o aval do PT, que só autorizava ladroagens depois do sinal verde acionado pelo chefe supremo.
Distribuídos por diferentes siglas, todos os assaltantes fizeram parte da mesmíssima organização criminosa. Houve um só quadrilhão. O quadrilhão do Lula.