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Inventora do dilmunhol esquece o que diz em dilmês

Dois dias depois de espantar a Espanha, Dilma surpreende a Itália: 'Ai, esqueci o que eu tava falando'

Por Augusto Nunes Atualizado em 2 fev 2017, 17h01 - Publicado em 2 fev 2017, 14h31

Com a agenda despovoada de compromissos desde 31 de agosto de 2016, quando foi despejada do emprego e impedida de concluir a missão de liquidar o Brasil, o que andaria fazendo Dilma Rousseff para matar o tempo que tem de sobra? Pelo que aconteceu em Sevilha neste 25 de janeiro, a ex-presidente continua engalfinhada com experiências linguísticas cada vez mais bizarras. Convidada para um seminário político ocorrido na cidade espanhola, a pior oradora do planeta misturou o dilmês castiço com um portunhol de manicômio para criar um subdialeto inacessível tanto a quem fala português quanto para quem fala espanhol.

Ouça os três trechos agrupados no vídeo. Em seguida, leia a reprodução fidelíssima─ sem retoques, sem correções e sem tradução ─ do que Dilma foi capaz de dizer. Pois foi uma cabeça dessas que governou o país por mais de cinco anos. Só poderia ter dado no que deu.

1. “Cálculo de la ONU de la evasón fiscal de los países emergentes e em desenvolvimiento é… é subestimado de 100 mil millones ano. Ano! Quién és que paga el pato? Que és pagar el pato en Brasil? É quién paga la cuenta. E después vou hablar sobre el pato…. Quién paga la cuenta? Paga la cuenta, por essa política de interdición, de discusión a respeito de las receitas, paga la cuenta aquellos que estón mais… mais necessitado de la acción del Estado para garantizar los servícios que ellos necessitam. Esses pagam la conta”.

2. “Digo que no se puéde utilizar la corrupción como instrumento político de destruicción del que ellos consideram el inimigo. Não és um réu, és un inimigo! Y inimigo se destrói. É outra atitude. La justicia del inimigo no se puéde aplicar em países democráticos y isto yo digo porque yo tuve un golpe. El golpe sobre mi foi um golpe parlamentar, diferente de un golpe militar. El golpe parlamentar… eu sempre fiz la imagen, la metáfora de la árvore. Si la democracia, la árvore, el golpe parlamentar destrói a árvore a machadadas… No sé como se habla… (a tradutora sopra a palavra certa). Hachazo! En el golpe parlamentar, yustés invade a árvore com fungos e parasítas. Isto és la diferencia imagética… na verdade, yustés tienen partes de la estrutura, de las instituições contaminadas, mas você não tem perdas de derechos para a sociedad y isto é importante saber, porque lutarás contra ele, se ampliares todos los espaços institucionales democráticos. Lutarás contra eles se defenderes la democracia”.

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3. “Uno… Una persona surge como una… gran posibilidad… con gran posibilidad de ser elecho, que és Lula da Silva. Lula és para ellos, golpistas, un perigo. Un gran perigo, porque tiene toda su carga de realizacciónes y el reconhecimiento de una parte da populación. Tentaram destruí-lo de todos los jeitos, aí, hacen pesquisas e ele está na frente. Entonces, hay grande risco de que ellos… de que ellos tentem inviabilizar su eleición condenando-o, porque para que ele no sea… séa candidato, condená-lo por dos veces”.

Dois dias depois, ainda na Europa, a palestrante especializada em cruzamento de idiomas ressurgiu em Lecce, para participar do seminário “La solitudine della democrazia”, promovido pela Universidade de Salento. Ou pelo esforço despendido no palavrório em dilmunhol, ou por ignorar até o quer dizer “mamma mia” em italiano, resolveu exprimir-se em dilmês, e transferiu para a intérprete a missão de traduzir o desfile de platitudes. Confira a performance no vídeo:

“A democracia permite que nós vejamos o processo e suas causas. É iss… é por isso que eu considero que, nessa tríade, o papel central, estratégico e articulador, o que permite construir um novo presente é a democracia. E quando ocê constrói um novo presente, é porque você tá de olho no futuro. Ninguém só constrói o presente sem tá um pouco de olho no futuro e é esse o processo que eu acho que nós temos de olhar. Temos de olhar na Europa, na América Latina, nos Estados Unidos… Somos todos irmãos nessa. E nunca, nunca…”.

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A pausa sublinhada pela expressão apalermada precedeu a confissão:

“Ai, esqueci o que eu tava falando…”

Entre risos constrangidos, a intérprete ainda buscava uma fresta no muro sem saída quando Dilma voltou da estratosfera sobraçando uma maluquice intraduzível:

“Só um pouquinho… No Brasil, se diz eu engrenei uma primeira e fui!”.

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Já foi tarde.

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