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“Era sólido e desmancha no ar” e outras notas de Carlos Brickmann

Bolsonaro recebeu a bênção de ter a oposição sob o comando de Gleisi e Haddad, que não se movem sem buscar instruções na cadeia

Por Carlos Brickmann
Atualizado em 30 jul 2020, 19h49 - Publicado em 10 abr 2019, 07h07

Publicado na Coluna de Carlos Brickmann

Bolsonaro arrasou o PT até em tradicionais redutos de Lula, prometeu eliminar a velha política, nomeou os ministros sem ouvir os partidos, atraiu Sergio Moro, foi recebido pelo mercado com forte alta da Bolsa. Logo no início do Governo apresentou seus projetos de alto impacto, a reforma da Previdência e o pacote contra o crime organizado. Recebeu a bênção de ter a oposição sob o comando de Gleisi e Haddad, que não se movem sem buscar instruções na cadeia. Deveria ostentar um nível inédito de popularidade; mas, insistindo em discussões inúteis sobre temas do passado longínquo, em brigas inúteis com quem não tinha motivos para hostilizá-lo, sem disposição para enquadrar as várias alas de seu Governo, tem hoje popularidade inferior à dos últimos presidentes, no mesmo período ─ inclusive Collor, que confiscou o dinheiro de população. Consegue estar abaixo até de Dilma.

Que é que aconteceu? Como se derreteu o Governo? Houve erros, claro; houve ministros que não se mostraram capazes, houve brigas com aliados (como Gustavo Bebianno), houve hostilidade à imprensa ─ que reagiu na mesma moeda, há administração por atrito. E houve, principalmente, decepção dos que esperavam um presidente pronto para se impor, com a força derivada de seus votos, e encontraram um líder hesitante, na defensiva, cheio de dedos para se livrar de gente próxima sob suspeita.

Quem votou no Super-Homem se decepcionou ao eleger Clark Kent.

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Vai passar

A reforma da Previdência já é debatida na Comissão de Constituição e Justiça e, ao que tudo indica, estará encerrada e aprovada no dia 17. O PT tenta retirá-la de pauta, atrasando a votação e a entrada em vigor, caso aprovada. Opinião deste colunista, com base na Pesquisa DataChute: a reforma deve ser aprovada, com modificações, mas nada que a desfigure.

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De briga

Abraham Weintraub, ministro da Educação, é economista,  estudioso da Previdência. Fez campanha por Bolsonaro e foi levado ao Governo por Paulo Guedes. É professor rigoroso e, dizem, pessoa de trato difícil. Já se manifestou contra o que considera viés esquerdista no ensino superior. E, embora talvez tenha pontos de contato com Olavo de Carvalho, não é um olavete. Como se divulga que é “discípulo” de Olavo, um ótimo jornalista, dos que nada publicam sem confirmação, perguntou a uma repórter qual a ligação de entre ambos. Ela não sabia, mas disse que Weintraub era “considerado” seu discípulo. Considerado por quem? “Por todos, ué”.

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Togas em festa

O Superior Tribunal de Justiça completou 30 anos e a data foi marcada por bela festa, paga pela Associação dos Magistrados Brasileiros, AMB. Época de contenção de despesas? Vejamos o que diz a empresa Renata la Porta Buffet, responsável pelo jantar: “Hoje é um dia de abundância: entrega de vinhos maravilhosos, caixas e mais caixas de materiais novos e a cozinha a mil, produzindo festas incríveis: amanhã estaremos celebrando os 30 anos do STJ para 800 convidados”. Preço, processo de contratação? Nem STJ nem AMB se manifestaram. A AMB só disse que pagou a festa sem qualquer apoio, direto ou indireto, de empresas públicas ou privadas. Além da festa, houve o seminário internacional O Poder Judiciário nas Relações Internacionais. Amanhã tudo termina com jantar num bom restaurante.

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Tempestade do Rio

Disputa entre o prefeito carioca, Marcelo Crivella, e o Governo Federal: Crivella diz que Bolsonaro prometeu ampliar a participação de Estados e Municípios nas receitas do país, e que isso não ocorreu. Isso não ocorreu mesmo; mas a Prefeitura do Rio não aplicou até agora nenhum centavo de seu orçamento em obras de prevenção de enchentes. O Rio tem tido problemas sérios, com chuvas mais abundantes que as normais, numa fase em que não há investimento algum no setor. Detalhe: Crivella é um dos principais políticos do PRB, ligado à Igreja Universal, que apoia Bolsonaro.

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Cai, cai

A Ciclovia Tim Maia, no Rio, que liga o Leblon à Barra da Tijuca, à beira-mar, desabou mais uma vez com as chuvas e as enchentes. Desde que foi inaugurada pelo prefeito Eduardo Paes, em janeiro de 2016, é seu quarto desabamento. Comparando: o Aterro do Flamengo, construído no Governo Carlos Lacerda há mais de 50 anos, nunca teve qualquer problema desse tipo, embora a cidade tenha tomado muito terreno ao mar. Explica-se: para realizar a obra, foram contratados estudos do Laboratório Hidrológico de Lisboa, um dos mais avançados do mundo. Houve medições, modelos matemáticos, construção correta, que seguiu o projeto, e a obra mudou a cara do Rio para melhor – o que parecia impossível. Como foi feita a ciclovia? O que se sabe é que desabou tantas vezes que talvez seja inviável reconstruí-la.

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