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Eliane Cantanhêde: Popularidade? ‘Ela virá!’

Diz o velho ditado que “alegria de pobre dura pouco”, mas a do presidente Michel Temer também anda durando muito pouco

Por Augusto Nunes 24 fev 2017, 17h45

Publicado no Estadão

Temer está muito satisfeito com os dados da inflação, juros, contas públicas, arrecadação e emprego em São Paulo. Também está animado com a recuperação da Petrobrás e com os planos do BNDES, apresentados a ele nesta semana pela presidente Maria Silvia Bastos. “É a confiança de volta”, diz Temer, elogiando a guinada do BNDES para estimular as pequenas e médias empresas, recuperar o “S” de social e selar parcerias com Estados e municípios para saneamento básico.

Maria Silvia, aliás, esteve em Brasília para uma reunião sobre… reforma tributária. Temer, que tem alto índice de vitórias e apoios em torno de 80% no Congresso, tinha priorizado a flexibilização das regras trabalhistas e a reforma da Previdência, mas, ao analisar as condições políticas favoráveis, decidiu ir além e remexer também a questão tributária. Desde Itamar Franco se fala nisso, fazer é que são elas…

Até agora, quem capitaliza politicamente os sinais positivos da economia é Henrique Meirelles, da Fazenda, com uma profusão de entrevistas, eventos abertos, reuniões com políticos e até uma previsão de crescimento para 2017 que, por enquanto, está mais na seara da vontade do que da realidade.

E a sua popularidade, presidente? Temer, que amarga em torno de 10% de aprovação, índice constrangedor e preocupante, sabe que não é exatamente carismático, não tem discurso inflamado e nunca conseguiu (nem quis) fazer o típico teatro eleitoral dos abraços e tapinhas nas costas. Mas responde com um sorriso enigmático e uma exclamação: “Ela virá!”. Em seguida, teoriza: “Populismo é fugaz, vai e volta, mas popularidade é reconhecimento”.

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Até por acreditar que a popularidade “virá”, o presidente fica incomodado com as notícias do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dia sim, dia não, sobre a cassação da chapa Dilma-Temer: “Eu preferiria que isso acabasse logo, que julgassem e pronto, porque fica sempre essa dúvida, essa insegurança”, disse ele, pouco depois de saber que as delações da Odebrecht serão admitidas no processo.

Claramente feliz com a economia e com diferentes ministérios, Temer não tem lá grandes motivos para comemoração na política, que funciona na base do “cobertor curto”. Passou uma quarta-feira feliz com os juros e a arrecadação, mas foi dormir com a demissão de José Serra do Itamaraty. Acordou na quinta com o nome de Osmar Serraglio para a Justiça, mas já na sexta enfrentava duras reações do próprio PMDB e dos mineiros da base aliada. Vai ter de esticar o cobertor para Minas…

Uma coisa, porém, é certa: o alívio de Temer com a normalidade das ruas. Quando assumiu, os movimentos ligados ao PT iriam incendiar o País. Quando anunciou a reforma da Previdência e das leis trabalhistas, as centrais sindicais iriam explodir as ruas. Quando acenou com a modernização do ensino médio, os petistas na educação fariam um inferno. Nada disso se confirmou. E, na avaliação do presidente, cada dia ficará mais difícil se confirmar. Quanto mais a economia ajudar, mais o Congresso votará as reformas e mais sua popularidade tenderá a melhorar. É uma visão otimista, mas se o próprio presidente não for otimista, quem mais será?

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