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Editorial do Estadão: O estrago de longo prazo que a crise causa

Dos 13,4 milhões de desempregados, 3,3 milhões de pessoas estão sem emprego há dois anos ou mais

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 19h43 - Publicado em 19 Maio 2019, 15h58

Embora tenha melhorado em relação a igual período do ano passado (13,1%), a taxa de desocupação no primeiro trimestre deste ano, de 12,7%, continua alta e é pior do que a registrada no último trimestre de 2018 (11,6%). Não se pode, pois, falar em recuperação do mercado de trabalho. Tão preocupante quanto a persistência do alto índice de desemprego no País é o quadro do drama social que se pode montar a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua relativa ao primeiro trimestre deste ano, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com dados detalhados por Estados.

A deterioração do mercado tem sido particularmente dolorosa para um quarto dos 13,4 milhões de desempregados. Desse total, 24,8%, ou 3,32 milhões de pessoas, estão desempregados há dois anos ou mais. A perda de renda por tanto tempo afeta duramente a qualidade de vida desses desempregados e de suas famílias. Mas o desemprego por períodos tão longos afeta também a carreira dos profissionais mais qualificados e dificultará seu reingresso no mercado. Em boa parte dos casos, esses trabalhadores terão dificuldades para encontrar ocupação mesmo quando o mercado de trabalho começar a melhorar, pois enfrentarão a concorrência de pessoas mais bem preparadas, pois estiveram mais tempo ocupadas em diferentes funções e puderam se preparar para o desempenho de novas tarefas.

A persistência de altas taxas de desemprego pode ter outra consequência de longo prazo. Entre brasileiros com idade de 18 a 24 anos, a taxa de desemprego alcançou 27,3% no primeiro trimestre, mais do dobro da taxa média nacional. Esse número mostra que há um contingente de brasileiros que, se não representar forte concorrência para os que estão desempregados há muito tempo – prolongando o drama de muitos destes –, terá sua própria preparação e, consequentemente, seu futuro prejudicado. “Quem se formou em 2014 pode não ter experimentado (ainda) o mercado de trabalho”, observou o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo. “A crise gera um estrago de longo prazo.”

Do ponto de vista regional, a deterioração do mercado de trabalho entre os últimos três meses de 2018 e os três primeiros deste ano foi muito ruim para o Estado de São Paulo, onde a taxa de desocupação subiu de 12,4% para 13,5%.

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