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Dilma e Raúl: Uma dupla e tanto em dias de cólera

Ela se tornou admiradora do irmão de Fidel quando ainda era uma guerrilheira aprendiz. Ele se esvai em derramamentos de pretendente ansioso ao topar com a mulher que o autorizou a baixar na Granja do Torto sempre que lhe der na telha

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 22h42 - Publicado em 16 Maio 2016, 19h34

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Depois da receber a ordem de despejo emitida pelo Senado, Dilma Rousseff resolveu animar a plateia de comício em vilarejo com uma frase soprada por algum marqueteiro ainda solto: “O golpe colocou no poder os sem-voto”. Além de confirmar que nunca leu as normas constitucionais sobre o impeachment, a presidente demitida por inépcia e irresponsabilidade revelou que disputou duas eleições sem ter lido o Código Eleitoral. Eis o que diz o artigo 178:

“O voto dado ao candidato a Presidente da República entender-se-á dado também ao candidato a vice-presidente, assim como o dado aos candidatos a governador, senador, deputado federal nos territórios, prefeito e juiz de paz entender-se-á dado ao respectivo vice ou suplente”.

Em 2014, portanto, o candidato a vice-presidente Michel Temer obteve os mesmos 54 milhões de votos atribuídos a Dilma, cabeça da chapa nascida da aliança entre o PT e o PMDB.  Sem-voto é, por exemplo, o cubano Raúl Castro, que resolveu enxergar numa demissão por justíssima causa um golpe igual ao ocorrido ocorrido em Cuba em 1959, só que na contramão. Aos olhos do ditador que se diz preocupado com a democracia brasileira, Dilma é uma espécie de Fulgencio Batista que reencarnou em forma de mulher e convertido ao bolivarianismo. Haja vigarice.

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Comovida, a governante desgovernada, devolvida à planície porque assim quis o povo, acaba de retribuir a demonstração de afeto incondicional com o envio ao velho liberticida de outro buquê de afagos retóricos. Somadas a tirania de Batista e a ditadura comunista, Cuba não sabe o que é uma eleição de verdade há mais de 60 anos. Raúl só precisou do voto do mano Fidel para assumir a chefia do regime que enjaulou a liberdade.

Dilma e Raúl formam uma dupla e tanto. Ela se tornou admiradora do revolucionário caribenho quando ainda era uma terrorista em gestação. Ele se esvai em derramamentos de pretendente ansioso ao topar com a mulher que o autorizou a baixar na Granja do Torto sempre que lhe der na telha. Nasceram um para o outro. Talvez até acabem protagonizando uma versão circense de O Amor nos Tempos do Cólera.

Parece exagero? Pois nenhum dos romances de Gabriel Garcia Márquez é tão delirante quanto a existência de uma ilha congelada na metade do século 20, nem excede em assombros o Brasil lulopetista. Outro ponto a favor: em dias de cólera, Dilma é rima perfeita para Raúl. Além do mais, é doce sonhar com um mundo sem esses dois, nem que seja pelo curto período de uma lua de mel.

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