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Por Coluna
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Depois de uma longa temporada ausente, Gleisi decidiu voltar ao trabalho

Além de ter prolongado o feriado da Páscoa, a senadora paranaense ficou longe de Brasília desde que o juiz Sergio Moro decretou a prisão de Lula

Por Branca Nunes, Cristyan Costa Atualizado em 11 abr 2018, 15h43 - Publicado em 11 abr 2018, 15h32

Branca Nunes e Cristyan Costa

Senadora do PT do Paraná e presidente do partido, Gleisi Hoffmann mal apareceu no primeiro emprego desde antes do início do feriado da Páscoa. Enquanto o restante do Congresso entrou em recesso em 29 de março, Gleisi, codinome Amante e Coxa no departamento de propinas da Odebrecht, resolveu começar o feriadão no dia 26, quando viajou a Santa Catarina para juntar-se à procissão dos pecadores sem remorso que zanzou ao lado de Lula pelo sul do Brasil.

Ela ainda se refazia do descanso de Páscoa quando trocou novamente o gabinete no Congresso por São Bernardo e Curitiba, onde se ocupou em tempo integral da defesa do ex-presidente condenado a 12 anos e um mês de cadeia. “Eles têm falado que nós não podemos ficar”, informou Gleisi neste domingo, referindo-se ao acampamento montado nas proximidades da Superintendência da Polícia Federal na capital paranaense, atual residência oficial de Lula. “Ofereceram um parque próximo para acamparmos. Mas nós não vamos. Não vamos sair daqui enquanto o Lula não sair”.

Gleisi cumpriu a palavra até esta quarta, quando achou por bem abandonar a trincheira e voltar para o conforto do seu apartamento funcional em Brasília. Segue a agenda da senadora desde o fim do feriadão:

02/04 (segunda-feira)

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No Rio de Janeiro, Gleisi participou do Ato em Defesa da Democracia e Justiça por Marielle e Anderson, que começou às 18h. Neste dia, o Senado teve duas sessões não deliberativas.

    03/04 (terça-feira)

    De passagem por Brasília, Gleisi participou de uma sessão deliberativa ordinária que durou uma hora. Nenhuma pauta foi apreciada.

    04/04 (quarta-feita)

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    Último dia em que foi vista na capital federal, Gleisi estava ao meio-dia num Ato em Defesa da Democracia e do Direito de Lula ser Candidato, realizado em frente ao Supremo Tribunal Federal. Às 17h36, a petista resolveu aparecer no emprego.

     05/04 (quinta-feira)

    No mesmo dia em que o juiz Sergio Moro decretou a prisão de Lula, Gleisi transferiu-se para São Bernardo do Campo, onde participou do Ato com Lula em São Bernardo, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Enquanto isso, em Brasília, uma sessão deliberativa extraordinária, que começou às 11h, foi encerrada 32 minutos depois por “não haver quórum”.

    06/04 (sexta-feira)

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    Enquanto estava no ato Convocação Geral, em São Bernardo, uma sessão não deliberativa do Senado foi interrompida 48 minutos depois do início por Roberto Requião. A justificativa do senador do MDB do Paraná foi que a tribuna do Senado deveria ficar, “neste dia terrível para a história do Brasil, à disposição dos parlamentares que desejarem utilizar a nossa rede de comunicação, a nossa televisão, as nossas rádios, para colocar com clareza a sua opinião”.

     07/04 (sábado)

    Horas antes da prisão de Lula, Gleisi era uma das mais atuantes animadoras do comício disfarçado de missa em homenagem a Marisa Letícia, armado para adiar em mais algumas horas a prisão do ex-presidente.

    08/04 (domingo)

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    Já em Curitiba, Gleisi comandou a Vigília Democrática em frente à Superintendência da Polícia Federal. Num vídeo ao vivo transmitido pelo Facebook, a senadora informou que a capital paranaense será “o centro das ações do PT”.

    09/04 (segunda-feira)

    Numa coletiva de imprensa em Curitiba, Gleisi informou oficialmente a decisão do partido de “transferir, não a sede física, mas a direção política do PT para Curitiba“. Enquanto isso, em Brasília, uma sessão não deliberativa do Senado começou às 14h e terminou às 16h47.

     10/04 (terça-feira)

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    Ao lado de Roberto Requião e mais 9 governadores, Gleisi participou do ato Ocupa Curitiba, que teve início às 15h, em frente à sede da Polícia Federal. Simultaneamente, uma sessão deliberativa ordinária no Senado discutia, entre outros assuntos, os recursos destinados no Orçamento da União para a segurança pública que não deveriam ser objeto de limitação de empenho e movimentação financeira.

    Gleisi voltou a pisar em Brasília só nesta quarta, dia 11. Como a coluna registrou em fevereiro deste ano, além do salário de R$ 33.763 mensais, a senadora torrou, em 2017, R$ 375.526,03 da “cota para o exercício da atividade parlamentar”, que contempla gastos com aluguel de imóveis, locomoção, hospedagem, combustível e alimentação. Em média, incluindo salário, despesas com saúde, verba para a contratação de pessoal e mais o cotão, cada senador custa cerca de R$ 165 mil por mês, patrocinados involuntariamente pelos pagadores de impostos. São cerca de R$ 5.500 por dia.

    Se não for demitida por abandono de emprego, Gleisi deveria ser obrigada a pelo menos devolver o dinheiro que recebeu sem trabalhar. Só em abril já foram cinco dias úteis. Ou R$ 27.500.

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