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Deonísio da Silva: Os três segredos de Fátima

O nome tornou-se popular depois de 1917, quando das primeiras aparições de Nossa Senhora em Fátima

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 20h55 - Publicado em 7 Maio 2017, 11h24
(Reprodução/Reprodução)

O nome pelo qual somos conhecidos é uma das primeiras coisas que não escolhemos na vida. Frequentemente os portadores desconhecem os motivos de ter os nomes que têm. E o significado por vezes é ignorado também por aqueles que lhes deram estes nomes. Quando pronunciamos uma palavra, dizemos mais coisas do que elas revelam na aparência.

Maio é o mês de Fátima, não apenas das noivas e das mães. Fátima é palavra que veio do Árabe faT(i)mâ, língua na qual designa a criança que deixou de mamar.

A começar pela jornalista Fátima Bernardes (54) e pela senadora Maria de Fátima Bezerra (61), muitas mulheres se chamam Fátima no Brasil.

Este nome feminino tornou-se popular depois de 1917, quando das primeiras aparições de Nossa Senhora em Fátima, localidade situada a 125 km de Lisboa. Na região teria vivido uma princesa moura com este nome, aliás o mesmo de uma das filhas de Abū al-Qāsim Muḥammad ibn ʿAbd Allāh ibn ʿAbd al-Muṭṭalib ibn Hāshim, mais conhecido por Maomé (571-632).

Nossa Senhora passou a ser conhecida pelo nome das localidades onde aparecia: Guadalupe, no México; Lourdes, na França; Luján, na Argentina; Aparecida, no Brasil.
Paradoxalmente, uma das personalidades solares do catolicismo português e mundial traz na designação um nome de origem muçulmana, nascido durante a presença árabe em Portugal, que perdurou do século VIII ao XV.

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Em 2017, completam um século as aparições de Nossa Senhora em Fátima e o segredo confidenciado a três crianças chamadas Lúcia dos Santos (1907-2005), Jacinta de Jesus Marto (1910-1920) e Francisco de Jesus Marto (1908-1919).

Como as crianças eram três, o segredo, que era um só, passou para o plural. Durante quase um século, o segredo foi conhecido apenas pelos três papas (além, naturalmente, dos três pastores aos quais Nossa Senhora apareceu): João XXIII, Paulo VI e João Paulo II.

Revelado em partes, o segredo dava conta de mensagens secretas. Uma delas falava do “mar de fogo” que era o Inferno, mas podiam ser também as terríveis bombas incendiárias da Segunda Guerra Mundial, que culminaram com o fogo espalhado sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão.

A segunda parte tratava das preocupações de Nossa Senhora com a Revolução Russa, ocorrida justamente em fevereiro/março de 1917, com a chegada dos comunistas ao poder em outubro/ novembro daquele ano . Os meses variam porque o calendário da Rússia, que depois lideraria a URSS, era diferente.

A terceira parte do segredo foi a tentativa de assassinato do papa João Paulo II, tal como fez saber o próprio pontífice quando determinou ao Cardeal Joseph Aloisius Ratzinger, que viria a tornar-se seu sucessor e hoje é o papa emérito Bento XVI, que o revelasse.

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O ser humano é um segredo por si só, às vezes para ele mesmo. E seu nome pode acrescentar outros segredos, aos quais vão se somando numerosos outros ao correr da vida. Como não somos repolhos e temos atividade intelectual, estes segredos desafiam nossa inteligência e nossos sentidos.

Mas, talvez por preguiça ou por comodidade, com frequência transferimos a videntes a tarefa de interpretar as realidades que poderiam ser compreendidas de outro modo. Todavia, se trabalhar cansa, pensar também pode dar muito trabalho.

E, de todo modo, pesquisando um segredo podemos frequentemente chegar a mistérios que são para nós inescrutáveis.

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