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Celso Arnaldo: Cada frase de Dilma Rousseff no discurso em Campo Grande mereceria uma vaia do Brasil que pensa

CELSO ARNALDO ARAÚJO Pouco antes do ataque em dilmês-desabafo, disparado por sua bateria antivaias, Dilma Rousseff teve outro rompante, dirigido a um sujeito na plateia que, de repente, se transmutou numa senhorinha que simplesmente repetia seu nome: “Eu vou voltar ao meu início. Tem um companheiro ali que gosta de falar o meu nome, vocês […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 06h21 - Publicado em 29 abr 2013, 22h13

CELSO ARNALDO ARAÚJO

Pouco antes do ataque em dilmês-desabafo, disparado por sua bateria antivaias, Dilma Rousseff teve outro rompante, dirigido a um sujeito na plateia que, de repente, se transmutou numa senhorinha que simplesmente repetia seu nome:

“Eu vou voltar ao meu início. Tem um companheiro ali que gosta de falar o meu nome, vocês notaram? Oi. Você fala Dilma, eu falo oi para você. É uma senhora, por sinal. Outro. Agora parou, gente, peralá, deixa eu falar o fim. Tá”.

Por sorte, parou. Porque seria um interminável diálogo de loucos e moucos:

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— Dilma

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— Oi

— Dilma

— Oi

Peralá: o fato é que madame está muito mal acostumada — há três anos diz as maiores barbaridades, na forma e no conteúdo, um escandaloso tratado de mentiras insinceras que não interessam, e ouve “Dilmá, Dilmá, Dilmá” da plateia amestrada. Quando alguém, de outro tipo de plateia, diz seu nome sem o afetuoso acento agudo na última sílaba, a coisa fica grave.

Aliás, esse discurso de Campo Grande já nasce histórico, não só pelas primícias das vaias como por ter sido, até o momento, a mais longa manifestação em dilmês já registrada: 49min36s.

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O Portal acaba de colocar no ar sua espantosa transcrição literal — e, como de costume, cada frase mereceria uma vaia do Brasil que pensa, a começar da primeira:

“Eu saúdo todos os estudantes, todas as crianças do nosso país que têm e que carregam consigo o nosso futuro”.

Nesse discurso, a cabeça aérea que prometera 800 aeroportos agora voa ainda mais alto para o território do nunca, a bordo de aeronaves que rasgarão essas pistas-fantasmas:

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“Vamos subsidiar assentos nos aviões, para que eles se tornem competitivos, ou seja, nós pagamos a diferença entre a passagem de ônibus e o preço médio da passagem de aviação, para aviões regionais nós vamos bancar”.

E só faltava essa: Dilma Rousseff, tentando fazer embaixadinhas com a Copa do Mundo, ainda teve a audácia de citar Nelson Rodrigues, em dilmês. Foi exatamente assim, segundo o Portal do Planalto:

“E ele dizia uma coisa, e eu queria dizer isso para vocês. Ele dizia que se uma equipe entra… eu não vou citar literalmente, não, mas se uma equipe entra para jogar com o nome Brasil, se ela entra para jogar com o fundo musical do Hino Nacional, então ela é a pátria de chuteiras”.

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Dilma faz Nelson Rodrigues soar muito pior que José Sarney em seus piores momentos. Justo Nelson Rodrigues, o genial escritor que colocou a vaia em seu devido lugar. Se Dilma soubesse ler, e lesse Nelson Rodrigues sem citá-lo de orelhada como se fosse uma pessoa ainda na fase da pré-aquisição da linguagem, ela talvez entendesse as vaias que recebeu em Campo Grande e com elas se consolasse, sem rodar a havaiana.

Além de decretar que a vaia é o aplauso dos descontentes, escreveu Nelson:

“A grande vaia é mil vezes mais forte, mais poderosa, mais nobre do que a grande apoteose. Os admiradores corrompem”.

Leia-se: o lulopetismo corrompe.

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