Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Augusto Nunes Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Coluna
Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Bolsonaro terá de optar entre os atacantes e os agredidos

Tornaram-se inúteis declarações que distribuem afagos a todos os envolvidos no tiroteio verbal

Por Augusto Nunes Atualizado em 7 Maio 2019, 17h45 - Publicado em 7 Maio 2019, 17h45

Nesta segunda-feira, em São Paulo, o deputado federal Eduardo Bolsonaro considerou “normais” as críticas feitas a militares aliados do presidente da República por ele próprio, pelo irmão Carlos e, sobretudo, por Olavo de Carvalho. Segundo Eduardo, é natural que quem não esteja alinhado com Jair Bolsonaro fique sujeito a qualquer tipo de ataque. Eduardo mirava em Hamilton Mourão, vice-presidente da República, e em Carlos Alberto dos Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo, ambos generais. Acabou acertando a testa do general Eduardo Villas Bôas, alvo de um tuíte inverossímil de Olavo de Carvalho.

Por ter afirmado na véspera que o guru da família presidencial presta um desserviço ao país, Villas Bôas foi reduzido pelo revide de Olavo a “um doente numa cadeira de rodas”, usado como escudo por Hamilton Mourão e Santos Cruz. Nem Mourão nem Santos Cruz — que em missão no Congo participou de combates reais, não de escaramuças de internet —- precisam de biombos. O disparo alcançou também o general Augusto Heleno, que encarregou Villas Bôas de coordenar projetos ligados à educação.

Vítima de uma doença degenerativa, Villas Bôas continua exibindo a mesma lucidez exibida enquanto comandou o Exército, de 2015 a janeiro deste ano. Ele é mais que um oficial da reserva alinhado ao presidente da República. Segundo o próprio Jair Bolsonaro, Villas Bôas teve uma participação fundamental na caminhada que o levou ao Palácio do Planalto. O capitão e o general dividem segredos de tão grosso calibre que Bolsonaro prefere leva-los para o túmulo.

Por tudo isso e muito mais, o presidente precisa encerrar imediatamente a guerra que opõe partidários de Olavo, entre os quais figuram seus filhos, a militares submetidos a bombardeios verbais que acabam de ultrapassar os limites do suportável. O conflito desta vez não será resolvido com declarações que distribuem afagos a todos os envolvidos no tiroteio. Bolsonaro terá de dizer claramente se subscreve o tuíte de Olavo ou condena o ataque pelas costas sofrido por Villas Bôas, que feriu também Augusto Heleno.

Bolsonaro precisa mostrar sem rodeios com qual dos blocos se alinha. Ou está com os atacantes ou está com os agredidos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.