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As quadrilhas do bingo endossam o telegrama do embaixador americano

Na discurseira que animou o 4° aniversário da anunciação do PAC, Lula formalizou seu apoio a Julian Assange (sem conseguir recordar o nome do fundador do WikiLeaks, estrangeirice que não conseguiu pronunciar), estranhou a falta de “protestos contra a liberdade de expressão” e mostrou-se interessado na continuação da série de telegramas “que estão desembaraçando a […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 13h23 - Publicado em 10 dez 2010, 18h47

Na discurseira que animou o 4° aniversário da anunciação do PAC, Lula formalizou seu apoio a Julian Assange (sem conseguir recordar o nome do fundador do WikiLeaks, estrangeirice que não conseguiu pronunciar), estranhou a falta de “protestos contra a liberdade de expressão” e mostrou-se interessado na continuação da série de telegramas “que estão desembaraçando a diplomacia americana”. Foi atendido na mesma quinta-feira por um texto embaraçoso para o falastrão incontrolável.

Num dos documentos que deixaram de ser confidenciais graças ao WikiLeaks, o embaixador americano Clifford Sobel faz uma constatação: “O presidente Lula falhou na promoção de reformas para abolir a cultura política de corrupção, clientelismo e espoliação”. A sorte de Lula é que o telegrama foi expedido em 2008, antes das bandalheiras de 2009, da campanha eleitoral de 2010, da performance do companheiro Gim Argello como relator do Orçamento, da montagem do ministério de Dilma Rousseff e de outros surtos de “corrupção, clientelismo e espoliação”.

Um deles, patrocinado pelas quadrilhas que exploram o bingo, conseguiu espantar até gente que já não se espanta com nada. “A corrupção está rolando solta aqui!”, exclamou na tribuna da Câmara, também nesta quinta-feira, o deputado federal Fernando Chiarelli, perplexo com a aprovação na véspera, por 258 parlamentares, da votação em regime de urgência do projeto que libera a jogatina. “Traficante, hoje, eu vi pelo menos uns 200 rodando aqui em Brasília. Eles não estão nos morros do Rio, não. Estão aqui, fazendo lobby para aprovar o bingo. E vão aprovar”.

Se testemunhasse tais fatos, Sobel saberia que Lula não falhou em nada. Ele nunca tentou abolir delinquências incorporadas ao que o embaixador chamou de “cultura política”. O que fez o presidente foi aperfeiçoar essas práticas obscenas, das quais tem sido o principal beneficiário, e institucionalizar a impunidade dos bandidos de estimação. O legado de Lula inclui o perturbador avanço do processo de decomposição moral do Brasil.

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